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Análise do Basquete de Base Gaúcho de 2007 - Parte 1

Seria muito interessante termos os scouts dos jogos do campeonato gaúcho, principalmente do infanto e do juvenil, como faz a CBB em jogos do campeonato nacional (exemplo: univates/bira 69 x 83 flamengo/Petrobrás em http://www.cbb.com.br/competicoes/cnbm2008/tabelajogo.asp?jogo=6 ). Infelizmente isso tem um custo muito alto e, no momento, o que se busca são taxas mais próximas da realidade brasileira e mais basquete. Por isso, não posso analisar os jogos, o desempenho dos atletas, enfim, o jogo de basquete, mas posso analisar administrativamente o que tem ocorrido no sentido de desenvolvimento do jogo, da participação dos clubes, número total de jogos e do gasto realizado pelos clubes em taxa de arbitragem. Hoje, equipes por categorias, separados por naipes.

Novo ano, ainda em busca de mais basquete...

Primeiro de janeiro de dois mil e oito. 20h30min. A idéia é dar a largada nesse blog, nem que seja para escrever semanalmente algo sobre o basquete, divulgando, apoiando, criticando, mas, indubitavelmente, escrever sobre o basquete. Acontece que o basquete de alto rendimento no Brasil está concentrado no sudoeste brasileiro, com destaque para o trabalho desenvolvido em todo o estado de São Paulo. E lá estando, longe está dos meus olhos, portanto é difícil escrever sobre o basquete brasileiro, os destaques, os novos talentos baseado apenas em notícias da televisão e da internet.

O que está acontecendo?

Comecei a escrever este artigo após o primeiro jogo do Brasil no pré-olímpico. Era pra ser um por dia, mas os momentos em que a seleção sofre um apagão me constrangeram e deixaram aflorar o lado torcedor: quero o Brasil em Pequim e ponto final. Mas assim não dá, assim não vai rolar. Talvez eu esteja errado, mas o basquete praticado pela seleção brasileira é uma imitação barata da NBA. Foram cinco jogos até ontem e em cada um deles o Brasil centrou seu poderio ofensivo nas mãos do Leandrinho e ficou esperando milagres vindos do Nenê, mas que sem receber a bola em boas condições vai continuar tropeçando no cadarço e não vai fazer nada de espetacular, ou seja, pontos que ele não marca muitos — em outras seleções a média dele é de 10 pontos por jogo até 2003. Vai dominar parte dos rebotes, vai chamar a atenção no ataque, mas com a bola colada nas mãos do Leandrinho ou do Valtinho ou do Alex (quando recebe algum tempo em quadra) vai ser difícil. Confirmação disso foi a entrevista do Spliter

Manda quem pode, obedece quem tem juízo

“Chega sempre a hora em que não basta protestar: após a filosofia, a ação é indispensável”. (Vitor Hugo) Estamos as vésperas do pré-olímpico e nossas ações direcionam-se mais como torcedores do que como críticos e técnico. Certamente farei minhas avaliações dos jogos, destacarei as filosofias de jogo adotadas pelas diferentes seleções e crescerei com isso. Meu trabalho evoluirá com isso. Entretanto, o que me faz escrever hoje é a seleção gaúcha infanto-juvenil que disputará a Divisão Especial dos Campeonatos Brasileiros de Base da CBB. Já na convocação para o Grupo 4, realizado em Caxias do Sul, fui surpreendido com a não convocação de um atleta do Pelotas Basketball Clube. Minha primeira reação foi de indignação, mas contive meu ímpeto e fiz contato com a Federação local e com o técnico da equipe. Na segunda ligação consegui que o atleta fosse “convocado” para treinar na segunda fase de treinamentos, mas sem ter seu nome citado na convocação. Em benefício do atleta aceitei es
Êxodo A base do esporte no Brasil vive em expansão. Minto. Vive em expulsão. Os atletas jovens são expulsos do país pela falta de estrutura dos clubes e das organizações que comandam o esporte. O basquete feminino inexiste, em função do grande número de atletas de ponta que vivem do basquete europeu e da WNBA. Cada vez mais jovens talentos vão terminar a formação de base no exterior, nesse caso na Europa ou no basquete universitário — nosso trabalho, nossa obrigação. Infelizmente esse processo se reflete internamente, nos diferentes estados brasileiros. O centro do basquete é São Paulo e todos querem estar por lá. Não há política nos estados que desenvolva o basquete regionalmente e crie mecanismos que evitem esse sistema de transferência para um centro praticamente formado por seleções do que há de melhor no basquete brasileiro. 

Renovação constante é a solução

A novidade dos preparativos para o pré-olímpico é a forma de convocação e definição do time americano. Após anos de muitas e necessárias negociações para que atletas da NBA integrassem a seleção norte-americana, neste ano tivemos 17 atletas submetendo-se a um acampamento pré-seletivo, como nos tempos de draft ou de universitários. Atletas conhecidos mundialmente, como Jason Kidd (New Jersey Nets), Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), Carmelo Anthony (Denver Nuggets) e LeBron James (Cleveland Cavaliers), se encontraram na sexta-feira e no sábado (20 e 21/8) submetendo-se a avaliação de técnicos como se estivessem em busca de um lugar, de uma oportunidade e de um pouco de adrenalina. Seria o charme da olimpíada que mobiliza tal participação?
Seu João (1939-2007) Muitos me questionarão sobre a temática desse blog. Ele expõe as minhas necessidades de buscar um amplo debate sobre o basquete, mas não pode fugir da expressa e irrevogável limitação do ser humano. Nesse momento meu coração se enche de dor e escrever é a mais rápida forma para me recompor para auxiliar meus filhos e amada esposa. Sim, Seu João fez a passagem. Era meu sogro e dizem que essas relações são sempre tumultuadas, mas a nossa sempre me ajudou a crescer como ser humano, como profissional, como pai. Sinto a sua perda como se fosse a perda de alguém do meu sangue. Não disse tudo que tinha a dizer. Infelizmente não pude dizer-lhe muito obrigado pela filha maravilhosa que se tornou minha esposa. Muito obrigado pelo amor que tinha pelos meus filhos. Muito obrigado pelo carinho de suas palavras e apoio em momentos difíceis. Todas as lutas que me envolvo tornam-se insignificantes frente a absoluta sensação de impotência desse momento. Era um ser

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