Jordan era
cobrado acima dos demais jogadores por Dean Smith (Head Coach da Universidade
da Carolina do Norte), provavelmente por reconhecer suas possibilidades mais
amplas e sua ambição sem limites. Roy Willians (Assistente-Técnico de Dean
Smith) também o fazia trabalhar mais nos treinos. Certa vez Jordan respondeu a
um questionamento de Willians: “Eu dou
duro como qualquer outro”. E Roy Willians argumentou: “Mas, Jordan, você me
disse certa vez que queria ser o melhor. E se quiser ser o melhor, tem
que se esforçar mais do que qualquer um”. Após uma pausa, Jordan respondeu:
“Treinador, eu entendo. Você vai ver. Fique de olho”.
Aqui a
seleção brasileira começou errada com a tentativa de naturalizar o Sr. Larry
Taylor e segue fazendo “coisinhas”. Veja bem, eu sou fã desses atletas e de
outros que não estão no grupo, mas não passo a mão na cabeça de ninguém e nem
quero que entendam meu ponto de vista para sermos amiguinhos, como a mexida em
seus brios que tentei dar quando os chamei de coadjuvantes – o objetivo estava implícito
e era em prol do nosso patriotismo. Entenderam isso?
Meu problema
nos últimos dias é, como de praxe, a preparação para a competição, o
planejamento em longo prazo (do Mundial 2010 a Londres 2010), médio prazo (mundial
2010 a pré-olímpico 2011) e curto prazo (pré-olímpico das Américas 2011 a
pré-olímpico mundial 2012 ou Londres 2012). Aqui me incomoda a liderança e
gerenciamento do Sr. Magnano, que preferiu circular pelo NBB e pela Seleçao de
Desenvolvimento do que pela Europa, fazendo contatos mais significativos para o
basquete tupiniquim, para o adulto que é o que paga seus polpudos salários.
Então, não
creio que tenhamos esperado 12 meses para termos amistosos com Cuba, Venezuela
e Panamá, sendo que Venezuela e Cuba estão no nosso grupo no pré-olímpico! Não dá para aceitar isso. Não dá pra ganhar da Argentina, que joga como os
europeus, fazendo amistosos que não levam a nada; aliás, podem levar a lesões. Pelo estilo de jogo da Argentina seria muito interessante jogar contra a escola européia, Sr. Magnano. Mas
o senhor sabia disso, afinal trabalhou por lá e formou essa geração vencedora da Argentina, não é mesmo? E os jogos de sexta (Panamá), sábado (Cuba) e domingo (Venezuela) não serão transmitidos. E dê-lhe estatística! E dê-lhe distorções!
Parece que só quem esta de fora consegue visualizar o calendário internacional. Será que só os preparadores físicos fazem a planificação do treinamento na CBB? Será que os técnicos não dizem que era melhor uma semana na Europa com uma cansativa viagem, mas com jogos contra adversários mais qualificados?
Vou perguntar, mesmo sabendo a resposta: alguém na CBB lê
o mais basquete? Não diz que não lê que eu fico triste... Então, já que leem o
mais basquete – e vamos ter que aguentar Cuba, Venezuela e Panamá e no final do mês tem o super four em Foz do Iguaçu – vou ousar sugerir que para o
próximo planejamento, aquele de curto prazo entre o Pré-Olímpico das Américas 2011
e o Pré-Olímpico Mundial/2012 ou Londres/2012, teremos vinte e duas (22)
seleções europeias de fora, quatro delas indo para o pré-olímpico mundial e as
demais dezoito (18) já iniciando o ciclo olímpico para Rio-2016. Entenderam?
Agora, nesse
final de semana, já deveriam ter agendado amistosos com esses europeus que também
estão em preparação para o Pré-Olímpico Europeu (31/8 a 18/9). Grana tem, todos
sabem disso.
Vou detalhar
mais, quem sabe assim ouvem: façam amistosos dignos, que testem nosso esquema
tático, que forcem nossos jogadores, que os preparem para o forte confronto com
a Argentina, Porto Rico, República Dominicana, talvez Canadá e alguma surpresa
que apareça por aí. Sempre aparece.
Façam
amistosos contra europeus da próxima vez!
E ainda
teremos a Copa Jenaro “Tuto” Marchando para a Eletrobrás (Super Four), de 24 a
26/08, em Foz do Iguaçu, onde enfrentaremos Canadá, Porto Rico e República
Dominicana. Justo, afinal é o patrocinador do basquete e merecia mais do que um
torneio por século, mas tinha que ser contra os principais adversários do
Pré-Olímpico? Quer saber o que eles estão fazendo? Coloquem um olheiro seguindo
as seleções. Não os tragam para cá. Não joguem contra eles. Por favor,
dificultem o trabalho deles e façam o de vocês com maior qualidade.
Será que
ninguém percebe o que esta ocorrendo com a seleção de futebol? Ninguém quer
jogar com o Brasil, favorito ao título de 2014. Por quê?
Perdoem a ironia
de hoje (sexta), mas acordei com a notícia desses amistosos e isso me faz pensar,
novamente, por que trouxeram um argentino para comandar a seleção brasileira?
Eles não levaram Wlamir Marques ou Coach K para ser o técnico deles quando não
ganhavam nada. Valorizaram e deram experiências aos seus técnicos. Entre eles Sergio Hernandez, Marcelo Lamas e Rubén Magnano. A globalização não é desculpa para medíocres desqualificarem
grandes nomes da história do nosso basquete.
Mas focando
nos amistosos, o que não dá é sair pela América do Sul jogando com os pequenos, pois assim seremos pequenos, criaremos crise com os resultados negativos, já que os
jogadores se poupam nessas ocasiões ou enganaremos a mídia e a torcida com
resultados espetaculares.
Vamos
guardar na memória parte da história do maior de todos os dias que para sermos
o melhor, precisamos fazer mais que os demais. Jordan ouviu, fez a parte dele e
deu no que deu. Toda pré-temporada ele treinava um movimento novo, um jeito diferente de arremessar e somava isso ao seu repertório. Será que valeu o esforço?
Comentários
Quando o Magnano era da argentina vc acha q eles soh jogavam contra europeu ? Não, era jogo contra venezuela e tudo o mais. A diferença é q contra estes timinhos eles se impunham taticamente. Defensivamente e tudo o mais. Enquanto o Brasil se prostituía pra ganhar destes times, forçando bolas. Desta vez o Brasil ganhou mas sem forças bolas e sem se expor, exatamente como a argentina faz. Se fosse o tecnico anterior, iriamos ver jogador fazendo trinta pontos com 40 arremessos pra ganhar um joguinho amistoso. Espero que seja um pouco menos parcial.
seja bem-vindo ao mais basquete, enquanto durar a cordialidade e o debate.
Evoluímos conforme anda o mundo. E o mundo de hoje, é diferente de 2004. É difícil acreditar que o Marcelinho chutar 11 para 3 dos 3 pontos contra o Panamá não é forçar a barra, mas de repente 8 dessas bolas estava estourando o tempo, o Panamá fazendo uma grande defesa...
Hoje, nesse momento histórico, jogar com os europeus é mais importante do que jogar na América do Sul, já que a Argentina de hoje é mais técnica, mais tática, muito parecida com o jogo europeu e distante do basquete americano.
Entenda de uma vez por todos: a questão não é a capacidade profissional do Rubén Magnano, mas o desrespeito aos técnicos brasileiros.
Forte abraço e fico na escuta...