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Mostrando postagens de agosto, 2007

O que está acontecendo?

Comecei a escrever este artigo após o primeiro jogo do Brasil no pré-olímpico. Era pra ser um por dia, mas os momentos em que a seleção sofre um apagão me constrangeram e deixaram aflorar o lado torcedor: quero o Brasil em Pequim e ponto final. Mas assim não dá, assim não vai rolar. Talvez eu esteja errado, mas o basquete praticado pela seleção brasileira é uma imitação barata da NBA. Foram cinco jogos até ontem e em cada um deles o Brasil centrou seu poderio ofensivo nas mãos do Leandrinho e ficou esperando milagres vindos do Nenê, mas que sem receber a bola em boas condições vai continuar tropeçando no cadarço e não vai fazer nada de espetacular, ou seja, pontos que ele não marca muitos — em outras seleções a média dele é de 10 pontos por jogo até 2003. Vai dominar parte dos rebotes, vai chamar a atenção no ataque, mas com a bola colada nas mãos do Leandrinho ou do Valtinho ou do Alex (quando recebe algum tempo em quadra) vai ser difícil. Confirmação disso foi a entrevista do Spliter

Manda quem pode, obedece quem tem juízo

“Chega sempre a hora em que não basta protestar: após a filosofia, a ação é indispensável”. (Vitor Hugo) Estamos as vésperas do pré-olímpico e nossas ações direcionam-se mais como torcedores do que como críticos e técnico. Certamente farei minhas avaliações dos jogos, destacarei as filosofias de jogo adotadas pelas diferentes seleções e crescerei com isso. Meu trabalho evoluirá com isso. Entretanto, o que me faz escrever hoje é a seleção gaúcha infanto-juvenil que disputará a Divisão Especial dos Campeonatos Brasileiros de Base da CBB. Já na convocação para o Grupo 4, realizado em Caxias do Sul, fui surpreendido com a não convocação de um atleta do Pelotas Basketball Clube. Minha primeira reação foi de indignação, mas contive meu ímpeto e fiz contato com a Federação local e com o técnico da equipe. Na segunda ligação consegui que o atleta fosse “convocado” para treinar na segunda fase de treinamentos, mas sem ter seu nome citado na convocação. Em benefício do atleta aceitei es
Êxodo A base do esporte no Brasil vive em expansão. Minto. Vive em expulsão. Os atletas jovens são expulsos do país pela falta de estrutura dos clubes e das organizações que comandam o esporte. O basquete feminino inexiste, em função do grande número de atletas de ponta que vivem do basquete europeu e da WNBA. Cada vez mais jovens talentos vão terminar a formação de base no exterior, nesse caso na Europa ou no basquete universitário — nosso trabalho, nossa obrigação. Infelizmente esse processo se reflete internamente, nos diferentes estados brasileiros. O centro do basquete é São Paulo e todos querem estar por lá. Não há política nos estados que desenvolva o basquete regionalmente e crie mecanismos que evitem esse sistema de transferência para um centro praticamente formado por seleções do que há de melhor no basquete brasileiro. 

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