Comecei a escrever este artigo após o primeiro jogo do Brasil no pré-olímpico. Era pra ser um por dia, mas os momentos em que a seleção sofre um apagão me constrangeram e deixaram aflorar o lado torcedor: quero o Brasil em Pequim e ponto final. Mas assim não dá, assim não vai rolar. Talvez eu esteja errado, mas o basquete praticado pela seleção brasileira é uma imitação barata da NBA. Foram cinco jogos até ontem e em cada um deles o Brasil centrou seu poderio ofensivo nas mãos do Leandrinho e ficou esperando milagres vindos do Nenê, mas que sem receber a bola em boas condições vai continuar tropeçando no cadarço e não vai fazer nada de espetacular, ou seja, pontos que ele não marca muitos — em outras seleções a média dele é de 10 pontos por jogo até 2003. Vai dominar parte dos rebotes, vai chamar a atenção no ataque, mas com a bola colada nas mãos do Leandrinho ou do Valtinho ou do Alex (quando recebe algum tempo em quadra) vai ser difícil. Confirmação disso foi a entrevista do Spliter dizendo que o time precisa passar mais a bola (leia no UOL Esporte).
Há muito vejo uma predisposição a Nenê-dependência que não tem trazido resultado nenhum e quem pode produzir positivamente não recebe a bola ou chance em quadra. Esse tema do tempo de quadra dos jogadores e a falta de um planejamento para as substituições me corroem. Até no PBC eu planejo isso e me adapto aos acontecimentos do jogo que não compreendo o que ocorre com nossa seleção. Cito e pergunto sobre alguns jogadores: o que o Nezinho faz em quadra contra a seleção americana? Tomava trombadas e nem pra ir pro chão, pra cavar uma falta se prestava. Quem produziu jogando de 4 e fez a bola girar nos últimos 5 minutos de jogo contra os EUA? Giovani, passando a bola ou terminando com arremessos e infiltradas. Como me justificam que o Marquinhos (agora lesionado) entrou contra o México e Giovani nem saiu do banco? Mais que isso: Giovani é um dos melhores jogadores dos últimos anos e está ali de coadjuvante, melhor que isso: um coadjuvante com boa técnica, experiência européia e com poucas falas, ou seja, sem tempo para poder mostrar o quanto pode contribuir. Agora entendo aquela entrevista de 20 ou 30 dias atrás, quando explicava que poderia se adaptar a novas movimentações pois na Europa joga de 4. Ele já previa que ficaria alcançando água para os colegas. Para mim, qualquer mudança na estrutura tática que pode contribuir com a produção ofensiva da seleção, deve ser utilizada. Infelizmente ficamos no sai o 5 entra o 5; sai o 1 entra o 1 e assim sucessivamente. É preciso ousar na formação ofensiva quando o be-a-bá trabalhado não está funcionando. Essa é a função do técnico. Também é função do técnico ter sistemas defensivos, pressões para as mais diversas situações. Ontem (contra o México) perdíamos a bola e voltávamos para a defesa. Tipo marcação escolar: “só pressiona na linha de três pontos”. Mas nem isso faziam, pois tomaram um chocolate dali — os porto-riquenhos tiveram 43% de acerto (10 convertidos de 23 tentativas) e nós míseros 25% em 16 arremessos de três pontos. Um horror!!! Então, qualquer mudança pode trazer resultado positivo. O rodízio da seleção se resume a sete jogadores. Mas isso é a seleção, não é um clube com limitações orçamentárias!!!! Se cinco não servem, para jogar contra Porto Rico ou Ilhas Virgens, deveria ter ficado em casa, descansando e vendo o jogo pela televisão. Sim, temos 5 jogadores que mal entram em quadra:
Há muito vejo uma predisposição a Nenê-dependência que não tem trazido resultado nenhum e quem pode produzir positivamente não recebe a bola ou chance em quadra. Esse tema do tempo de quadra dos jogadores e a falta de um planejamento para as substituições me corroem. Até no PBC eu planejo isso e me adapto aos acontecimentos do jogo que não compreendo o que ocorre com nossa seleção. Cito e pergunto sobre alguns jogadores: o que o Nezinho faz em quadra contra a seleção americana? Tomava trombadas e nem pra ir pro chão, pra cavar uma falta se prestava. Quem produziu jogando de 4 e fez a bola girar nos últimos 5 minutos de jogo contra os EUA? Giovani, passando a bola ou terminando com arremessos e infiltradas. Como me justificam que o Marquinhos (agora lesionado) entrou contra o México e Giovani nem saiu do banco? Mais que isso: Giovani é um dos melhores jogadores dos últimos anos e está ali de coadjuvante, melhor que isso: um coadjuvante com boa técnica, experiência européia e com poucas falas, ou seja, sem tempo para poder mostrar o quanto pode contribuir. Agora entendo aquela entrevista de 20 ou 30 dias atrás, quando explicava que poderia se adaptar a novas movimentações pois na Europa joga de 4. Ele já previa que ficaria alcançando água para os colegas. Para mim, qualquer mudança na estrutura tática que pode contribuir com a produção ofensiva da seleção, deve ser utilizada. Infelizmente ficamos no sai o 5 entra o 5; sai o 1 entra o 1 e assim sucessivamente. É preciso ousar na formação ofensiva quando o be-a-bá trabalhado não está funcionando. Essa é a função do técnico. Também é função do técnico ter sistemas defensivos, pressões para as mais diversas situações. Ontem (contra o México) perdíamos a bola e voltávamos para a defesa. Tipo marcação escolar: “só pressiona na linha de três pontos”. Mas nem isso faziam, pois tomaram um chocolate dali — os porto-riquenhos tiveram 43% de acerto (10 convertidos de 23 tentativas) e nós míseros 25% em 16 arremessos de três pontos. Um horror!!! Então, qualquer mudança pode trazer resultado positivo. O rodízio da seleção se resume a sete jogadores. Mas isso é a seleção, não é um clube com limitações orçamentárias!!!! Se cinco não servem, para jogar contra Porto Rico ou Ilhas Virgens, deveria ter ficado em casa, descansando e vendo o jogo pela televisão. Sim, temos 5 jogadores que mal entram em quadra:
- Nezinho não entrou em duas partidas;
- Huertas não entrou em uma partida;
- Guilherme teve tempo de quadra igual a zero em 3 partidas;
- Murilo jogou 4 minutos contra os EUA. Como que um pivô jogou somente isso(?);
- JP não jogou contra Porto Rico o que tempo que vinha tendo no Pan e na fase de preparação.
Conseqüentemente surge a seguinte questão: para quê foram convocados? Temos tantos outros nomes do nosso basquete com condições de representarem nossa seleção que não compreendo essas coisas. Muitos em atividade que já foram testados e possuem melhor desempenho do que os convocados. Claro, existe o lado política e não quero crer que este seja o motivo de um Helinho não estar na seleção — é melhor armador do que Huertas e Nezinho, juntos. Murilo, depois do padrão de jogo que vem mostrando em nacionais e liga sul-americano, não é possível ter somente 4 minutos de jogo em uma equipe com apenas 4 pivôs. E todos eles não estão tendo oportunidade de mostrar o que podem fazer pela seleção. A comissão técnica do Brasil escolheu aqueles sete nomes que tem jogado e dali não saiu mais. Hein, é a seleção não o COC ou o Rio Claro ou Minas. Os doze têm que jogar... Enfim, ficam muitas dúvidas, muitas perguntas sem resposta que é melhor eu me concentrar para o jogo de hoje e torcer, mas torcer muito para que o México não tenha se motivado o suficiente para vir sedento por nos atropelar. Por outro lado, espero que a reunião secreta dos jogadores, após o jogo de ontem, sirva para vermos, hoje, um time fechado, focado, coesos e dispostos a corrigir os erros para conquistar a vaga olímpica.
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