(Foto repetida, mas vale muito!)
"Eu tenho tanto, pra lhe
dizer"... Então vou deixar
para amanhã e aqui vou colar a postagem do Alberto Murray sobre o basquete
brasileiro. Todos sabem quem é Alberto Murray? É, talvez, o único brasileiro
que foi a todos as edições dos jogos olímpicos, um defensor do esporte,
denunciante das malandragens dos gestores esportivos, especialmente as do COB e
do projeto de perpetuar-se no poder colocado em prática por Nuzman na última
eleição do COB. Detalhe: ele falou em público e perdeu a cadeira que tinha no
COB.
Como é neto de um ex-presidente do COB, conviveu com grandes atletas. Leiam o depoimento dele sobre o basquete.
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ALBERTO MURRAY OLÍMPICO
www.ESPN.com.br/
Basquete é o
esporte jogado que eu mais aprecio. É o único jogo que segundos podem fazer a
diferença. É muito emocionante.
Eu ví e vivi
a geração vencedora de Oscar, Marcel, Fausto, Carioquinha, Hélio Rubens,
Marquinhos, Ubiratan e tantos outros. Não ví o Brasil ganhar medalha olímpica.
Mas a nossa equipe estava invariavelmente entre as 5 forças do basquetebol
mundial.
Cheguei a ir
à final de campeonato paulista no Ibirapuera cheio, com o público pagando
ingresso.
E, claro,
tem a geração anterior, de Amaury e Vlamir, que não ví jogar e que é cheia de
glórias.
Depois de 96
(quando começou a era Nuzman, apenas para não perder o custume e para que não
nos esqueçamos da "coincidência") o basquete do brasil passou a ser
um retumbante fracasso, de jogo e de público.
Apareciam
bons jogadores aqui e ali, tivemos bons treinadores, mas o jogo em equipe não
encaixava. O Brasil passou a virara saco de pancadas de seleções que nunca
foram motivo de muita preocupação.
Os jogos dos
campeonatos estaduais e do nacional ficavam à míngua da atenção do público e da
mídia.
Quando antes
sabíamos de cor os números das camisas de cada jogador da seleção, após o
início da era Nuzman, o basquete do Brasil passou sua pior época. Um fracasso
retumbante.
As próprias
estrelas que surgiam davam de ombros para a seleção, haja vista o que fazen
Nenê e Leandrinho. A seleção não significava nada nem para eles.
Apesar de
todo descaso e falta de apoio, foi com muita luta, muito trabalho e esforço
redobrado que, hoje, depois de 16 anos, participaremos, novamente, de um
certame Olímpico.
Todo esse
grupo de jogadores valentes, Rubem Magnano e sua comissão técnica merecem todos
os nossos cumprimentos.
A melhor
fase que lí, ou ouvi, nesses dias de Pré Olímpico, vem do próprio Ruben
Magnano, na Folha de São Paulo.
"Estão
olhando para cima, quando se tem que olhar para baixo", diz o técnico do
Brasil.
Para que não
passemos outro grande período afastados da elite do basquete mundial, temos que
popularizar essa modalidade, de forma a, também como assevera Magnano
"quadruplicar o número de crianças no basquete". Não há outra
fórmula.
A partir de
agora, muito cuidado com uso político indevido dessa vitória.
Este é
apenas o recomeço de uma história que, em 1.996, foi abruptamente interrompida.
Comentários
Ansioso pelo ano que vem, ainda mais com a volta do guerreiro Varejão, que mesmo machucado viajou para se apresentar para o Pré-olímpico, valorizando a seleção. Só não me cometam o erro de colocar o gringo Larry, e muito menos de colocar os desertores Barbosa e Nenê, sinônimos de descaso com o basquete coletivo brasileiro. Isso só estragaria o ótimo ambiente de união que se instaurou nesse grupo. Agora fica aquela esperança duma medalhinha de bronze q seja ano vem... Vamo Brasil!!!!!!!