"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Destaco que há muito se sabe o tipo de basquete que é desenvolvido no Brasil, o que a CBB faz, mas atletas de destaque e em atividade não conseguem mudar nada sem serem ameaçados de cortes de seleção, de intrigas com seus patrocinadores, enfim, terem o seu sustento diretamente colocado em risco. Acontece o mesmo com técnicos que buscam espaços nas seleções estaduais e nacionais. São ameaçados, diretamente ou por recados.
Então, se ocorre no RS, a constatação do que escreve o interlocutor do nordeste é óbvia: acontece no sul, pois o presidente da FGB é um dos integrantes da administração da CBB. Aqui, sabemos que as eleições funcionam por procuração, que clubes afastados há anos recebem isenção de anuidade no ano eleitoral para votarem no presidente da federação. Sabemos, mas nada fazemos.
Eu cansei de ser otário, que significa ser tolo, ingênuo... Vou lembrar-me do que disse Rui Barbosa (em epígrafe) e lutar pelas mudanças necessárias. Represálias? É claro que continuarão ocorrendo, mas é um risco que estou disposto a correr.
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A fala do nordeste
Prezado Carlos,
Concordo inteiramente com seu ponto de vista. Sou Professor de Educ. Física em Alagoas, amante do basquete, e vejo com tristeza o nosso basquete se afundar cada vez mais, enquanto outros esportes, como por exemplo o handebol,que tem dirigentes atuantes, estão ascendendo técnicamente e conquistando novos praticantes, fruto da organização e da massificação.
Vejo como primeiro problema a postura da nossa Confederação, totalitarista, centralizadora e que só pensa no basquete profissional, sem estímulo ao trabalho de base e a massificação da modalidade. Enquanto vigir as idéias desse pequeno grupo que domina a CBB, a situação tenderá a piorar.
Num segundo plano, a política de esporte do nosso país (existe?) e também dos estados e municípios, em sua maioria, não vê o esporte como alvo principal, se limitando ao assistencialismo inconsequente.
Assim, não vejo com bons olhos o horizonte para o nosso basquete, o que é lamentável.
É importante que pessoas como você levantem esse debate e mobilizem esforços para que mudemos essa situação. Parabéns pela iniciativa.
TL
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