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Basquete feminino e a mídia: distorções de entrevistas causam polêmica desnecessária

Impressionante. A distorção das matérias vinculadas pela mídia me deixaram envergonhado. Ontem, baseado em matéria divulgada pela globo.com, através da matéria Iziane é rejeitada pelas companheiras. Questionei os interesses envolvidos – de atletas, técnico, direção da CBB – e emiti meu posicionamento. Cobrei postura do técnico e a hierarquia na seleção, no sentido inverso das atletas até o presidente da CBB. Cobrei posicionamentos e ações imediatas. Enfim, critiquei a reportagem e o reforço da mesma que fazia entender que Paulo Bassul reforçava o posicionamento das atletas.


Instantes atrás cheguei da escola e vim ler os e-mails antes de almoçar. Já tive que escrever e publicar imediatamente esta postagem, pois fiquei surpreso: Paulo Bassul escreve ao News Flash e desmente as notícias vinculadas por três órgãos da imprensa, dando como verdadeira e literal a publicada na Gazeta Esportiva.
O interessante é que ontem debatemos, através do News Flash de Alcir Magalhães, a postura do Paulo Bassul, por divulgar que haveria sido imposta a presença de Iziane, atitude desmentida e que fica claríssimo na reportagem da Gazeta Esportiva que o professor não disse isso; pelo contrário.
Mesmo assim, minha posição permanece a mesma: analisar os fatos e desejar que os técnicos permaneçam educadores, em prol dos seres humanos que ali estão na posição de atleta. Por isso, compartilho da mesma linha de raciocínio de Paulo Bassul no que diz respeito ao processo de condução da seleção. O pensamento de um educador deve ser esse mesmo: primeiro analisar a gravidade do erro e dar-lhe a sanção necessária – e isso foi feito em 2008. Agora é hora do passo seguinte: conversar e dar nova oportunidade e construir uma história diferente nesse novo ciclo olímpico. Precisamos resgatar todas as jogadoras que possam agregar qualidade técnica, liderança e o desejo de defender ao Brasil para voltarmos a ter um basquete feminino vencedor.
Ao Paulo Bassul, meu pedido de desculpa por me posicionar com base em órgãos da imprensa que julgava de qualidade exemplar em suas reportagens (Globo Esporte) e que se mostrou tendencioso. Há que se averiguar o que houve. Aos leitores do mais basquete encerro com a declaração de Paulo Bassul publicada na Gazeta Esportiva e que deixa explicito o trabalho em uníssono com a diretora e o que mais me alegra: explicita que é um verdadeiro educador, pela postura e não apenas em palavras:
"Depois de já ter acertado comigo, ela [refere-se a Hortência] disse que gostaria de resgatar a Iziane e me perguntou se eu achava isso possível. Eu disse que não teria problema de maneira alguma, porque é uma coisa que eu também gostaria que acontecesse. Não teve nada imposto. A Hortência não entra na parte técnica de jeito nenhum e nem coloca mais pressão, pois esteve em quadra e sabe como isso é importante”.(Paulo Bassul, Gazeta Esportiva).

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