Essa semana fui surpreendido com uma informação muito importante e que me deixou feliz: a Liga Nacional de Basquete (LNB) teria se reunido com os clubes e sugerido a realização de um nacional Sub-20 e todos esperam pela CBB, já que o posicionamento da entidade máxima sobre a cobertura dos gastos com transportes com essa nova categoria. Pela resposta do Sr. Kouros no NewsFlash de Alcir Magalhães, não houve desmentido da intenção e de que tal negociação estava em andamento, apenas que seria um sonho e que quando tivesse algo de concreto, comunicaria a todos.
Pois bem, meu posicionamento era contrário ao Rio2016, pelos fatos amplamente narrados sobre o Pan2007 e os relatórios do Tribunal de Contas da União mostrando o superfaturamento do evento realizado no RJ. Outra coisa que me chama a atenção é que o Banco Bradesco parabenizou a conquista do RJ como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, dizendo-se parceiro/apoiador da candidatura do RJ. Então, os R$ 100 milhões investidos pelo governo federal tiveram aporte de uma entidade particular, um banco? Sim, ninguém, em sã consciência, permitiria que um banco como o Bradesco divulgasse tal apoio sem contribuir com o caixa. Nos resta saber quanto e destacar que os R$ 100 milhões obtidos do governo federal tenham sido bem empregados. Essa deve ser nossa posição de agora em diante: fiscalizar.
Mas o assunto é basquete e, se relacionado a 2016, temos muito o que fazer – sim, vamos fiscalizar, mas trabalhar para que o Brasil tenha excelente desempenho e conquiste medalha. Portanto, digo que essa gurizada de 20 anos é o futuro da nação e terá 27 anos em 2016, ou seja, a renovação se dá agora, com os 16 brasileiros que jogam nos Estados Unidos (NCAA e JUCO), aqueles da Europa e os que aqui estão. Precisamos ter quatro ou cinco times para podermos tirar um em condições de conquistar uma medalha olímpica. Em casa. Portanto, o tal Campeonato Sub-20 já é uma possibilidade de aproveitar os talentos de 20 anos que estão quase saindo do basquete por vários motivos (faculdade, trabalho, falta de espaço em equipes adultas, etc.) e agora tem a possibilidade de continuar sonhando com o esporte. Há muitos talentos “largados” e muitos se preparando por conta própria, como os que estão nos Estados Unidos e não obtém qualquer tipo de apoio da CBB e de órgãos governamentais.
Sugiro um mapeamento urgente dos brasileiros na faixa dos 18 aos 23 anos que estão no exterior e a criação da Liga Nacional de Basquete Sub-20 ou Sub-22 ou Sub-23, mobilizando os clubes, criando novos empregos para comissões técnicas e qualificando, atletas e técnicos. A organização de torneios com esses jovens – tanto regionais como internacionais – é uma idéia muito boa. É um excelente momento para a CBB investir no futuro de nossas seleções e buscar, no Ministério do Esporte, apoio financeiro para dar suporte aos jovens talentos brasileiros que vivem no exterior.
O que é importante nisso tudo: dar jogo, experiência e ter quantidade para tirarmos a qualidade necessária para chegarmos ao pódio em 2016.
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