A propaganda do Governo do Estado do Rio de Janeiro que colocou uma enorme bandeira pendurado no Cristo Redentor é um grito desesperado para manutenção de privilégios históricos e de recursos que contribuem para que Governo deixe a população morando em favelas, sem saúde, escolas de qualidade, professores bem remunerados, polícia despreparada e polícia militar corrupta ao extremo. Aquela propaganda – denominada de Contra a covardia, em defesa do Rio – é um apoio ao sofrimento do povo carioca/fluminense e do sucateamento do poder público.
A magnitude de 7 bilhões de reais e a declaração de que o estado já fez contas pensando nesses recursos mostra quão desqualificado e irresponsável é governo daquele estado. Responsabilizar uma excelente oportunidade para fazer justiça social e definí-la como prejudicial ao Rio de Janeiro (15 milhões de habitantes) é proselitismo político.
Todos querem beber petróleo, aumentar a renda com os royalties e a “participação especial” na divisão dessa riqueza, mas o Rio de Janeiro faz chantagem emocional e cria um slogan medíocre, leviano e prejudicial ao pacto federativo.
A proposta do deputado Ibsen Pinheiro significa a defesa do referido pacto federativo, utilizando o petróleo existente no mar brasileiro para alavancar as condições sociais de 24 estados e promover a igualdade entre todos os brasileiros.
Hoje o senado tem nas mãos uma importante possibilidade: divisão de nossa riqueza com quase a totalidade da nação – a Emenda Ibsen beneficia 24 dos 27 estados e 5369 município (96,51%) dos 5563 existentes no Brasil. Ou seja, a reação do Governador do Rio de Janeiro é demagógica, eleitoreira e egoísta (mas quando que político é socialista, além do nome de sua sigla?). Alguém pensa que o privilégio de 194 municípios é mais importante que beneficiar quase que a totalidade dos brasileiros?
Sim, alguns pensam que sim. E entre eles os mesmos fisiologistas de plantão e o nosso presidente do COB, sr. Carlos Arthur Nuzman que diz que sem o dinheiro do pré-sal o Rio de Janeiro não poderá cumprir com a maioria das obras necessárias para os Jogos de 2016. Perguntinhas: quando se candidataram já havia estourado a notícia do pré-sal? O medo são a não conclusão das obras ou que o superfaturamento do pan2007 não poderá ocorrer como planejado?
Sejamos todos coerentes: as riquezas de um país existem para qualificar a vida de todos os seus cidadãos e não apenas aqueles que se julgam donos de toda a nossa riqueza – já fomos espoliados durante muitos anos.
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