Professor Paulo Murilo, crítico contumaz do sistema de jogo adotado no Brasil, fez duras críticas a arbitragem do NBB em seu blog (Basquete Brasil) após o jogo de sexta-feira com Bauru. Reconhece a superioridade da equipe paulista, mas expõe o que muito se comenta no meio do basquete: a arbitragem é permissiva demais com o contato físico do basquete brasileiro que esta ligado a FIBA - e não a NBA - além de favorecer a equipe mais forte em suas decisões. Eu acrescento que só há dedicação durante a arbitragem quando as equipes são de mesmo nível e o jogo é decisivo. Fora disso comportam-se como superiores e uma equipe a parte quando são, no máximo, os contratados para mediar o confronto esportivo e contribuir para que o mesmo ocorra com lealdade e igualdade de condições. Não é o que esta ocorrendo.
E nós não ficamos apenas no Paulo Murilo. Podemos citar o ex-técnico de Assis, Marco Aga, e todo o estresse de João Marcelo nas semi-finais e finais do último Campeonato Paulista, quando foi claro em relação a tendência da arbitragem e não sua neutralidade. Deu resultado, pois venceu a favorita Franca no Pedrocão.
E assim nós vamos: dependentes da arbitragem mal formada, tendenciosa, equivocada em muitas ações e má-intencionada em outras tantas. Parte significativa dos árbitros imaginam que possuem espaço de destaque no evento esportivo e que são uma terceira equipe. Com o poder que possuem, somado ao despreparo técnico e psicológico, complicam os jogos e vão criando toda essa sorte de animosidades em relação as suas ações e pessoas. O mais fácil é arbitrar com distanciamento emocional e competência técnica.
Assim, as palavras de João Marcelo em janeiro e as de Paulo Murilo no dia de ontem parecem ser um grito de socorro. Mas gritar para quem?
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