Walter, não vi o jogo e não encontro vídeo do mesmo na internet. Perdi por uma causa justa: eu tinha treino do meu sub-19/adulto as 21h. Bem na hora do jogo da sub-18, lá no Texas, contra os donos da casa. Li que conseguistes uma façanha... Já sorri só de ver o placar. Mas eu estava preparando parte da postagem abaixo que perdeu o sentido e que reduzi por estar sendo divulgado após o jogo.
Hoje a seleção brasileira sub-18 jogou a final da Copa América contra os EUA. Pra mim não importava o resultado, pois o principal já foi conquistado: a vaga para o mundial sub-19 de 2011, na Letônia. Como já disse em vários posts anteriores, precisávamos garimpar e encontrar os jovens que defenderão o Brasil nas próximas competições, especialmente Rio-2016.
Não há o que criticar, mas elogiar o planejamento do Walter e da comissão técnica comandada por ele e que levou o Brasil a obter o resultado positivo que buscava – primeiro a vaga para o mundial e depois o título da competição. Com todas as mudanças – inclusive a própria troca da University of Nebraska para a University of Hawai’i – o Walter conseguiu impor seu estilo de jogo, sua capacidade técnica, leitura de jogo e liderança natural para conduzir uma seleção brasileira. Ele sabia, tenho certeza, da responsabilidade que colocavam nos seus ombros, mas estava pronto para esse passo. Provou isso ao vencer a Argentina na semi-final, mas referendou sua qualidade ao perder o jogo por detalhes para os EUA. Lembrem: em solo americano ele quase os venceu.
Em 2009 surgiu o boato que ele seria o técnico da seleção adulto. Deveria ter sido – lembro que postei que o interesse dele era outro e li várias declarações do Walter dizendo que era assistente-técnico do basquete universitário ... Sem precisar provar nada para ninguém e fazendo o trabalho passo a passo, Walter fez um estrago na Copa América Sub-18: conquistou a vaga para o mundial e quase deixou uma marca no título americano.
Certamente qualquer um de nós não conseguiria o que ele conseguiu nessa semana. Não adianta dizer que “até eu faria”, por que não seria verdade. A formação como técnico se deu na escola americana e ser um morador de lá, ser recrutador e assistente-técnico de universidades americanas lhe deram um savoir-faire que nenhum de nós tem. Mas ele tem. E carrega junto a formação na melhor escola de basquete do mundo: o basquete universitário americano e não um cursinho superfaturado de 4 dias.
Hoje eu queria abraçar o Walter, mas me sinto feliz em poder escrever essa postagem e transmitir a todos os jovens da equipe minha alegria com a conquista do Brasil e com o desempenho de todos para elevar o Brasil ao status de potência no basquete, começando pelas significativas vitórias sobre os rivais da América do Sul.
Parabéns Lucas Bebê, Arthur Casimiro (esse dava trabalho quando jogava contra pelo G. N. União), Cristiano, Gabriel, Bruno Irigoyen, Olintho, Durval, Felipe Taddei, Felipe Vezaro, Raulzinho, Davi e Ícaro (outro gaúcho que complicava, para os adversários, quando conduzia o Corinthians de Santa Cruz).
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