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Seleção, treinos aberto e os técnicos (Parte 1)

Alguns comentários no Blog Rebote, mantido pelo Rodrigo Alves, e referentes aos dois dias de treino me levaram a responder o questionamento sobre a presença dos técnicos nos treinos abertos que a CBB realizou essa semana. Fui escrevendo, escrevendo... e a postagem ultrapassou o espaço para comentários. Então trago para cá, para o mais basquete e vou postar em duas partes; sendo a segunda até o meio-dia de domingo (já escrevi, mas prefiro deixar espaços entre as postagens). Nesse período, olhem os vídeos e links que sugiro na postagem. Então vamos a parte 1.

Primeiro me respondam: já viram Phil Jackson vencer algum título da NBA sem grandes estrelas no time? Chicago quando era só Jordan não ganhou nada e o Lakers não foi só Shaq ou é só Kobe. Então, com um grande time, um técnico com personalidade, liderança, plano de trabalho e as condições ideais – inclusive de vida resolvidas, como as citadas em relação a Rubem Magnano – dão a tranquilidade para vencer jogos e conquistar títulos. Então, me parece injusto dizer que com a base que a seleção brasileira tem hoje, com a disposição dos atletas para jogar um técnico brasileiro não seria capaz de conquistar ótimos resultados – eu penso sempre em estar entre os quatro primeiros, depois desse objetivo penso passo a passo: vencer a semi-final e, quiçá, vencer a final.

Segundo. Me corrijam se eu estiver errado: a Argentina criou uma liga há mais de 25 anos. Os técnicos se uniram para qualificar o basquete local e transformar o país em uma potência, começando por deixar de ser um saco de pancadas e conquistar espaço no basquete mundial. De quem? Do Brasil! A Argentina ficou sem medalhas no Campeonato Sul-Americano de 1980 até 1993. Sem medalha, não falo de título. Portanto, nesse período nós vivíamos o auge da era Oscar e eles trabalhando para "revolucional El básquetbol argentino; una idea que merece seguir creciendo". Depois disso, ficamos paralisados, a espera de milagres do Brito Cunha ou do Grego e que ocorreu todos nós vimos e não gostamos. Nós estivemos estacionados e eles estudando. O que poderia acontecer? Eles crescerem... E cresceram. Nossos técnicos, os de ponta e os apadrinhados, vivem uma briga de egos que assusta – muitos querem saber onde vão por o nome na formação da Escola de Técnicos e alguns querem a certificação da Escola Nacional de Treinadores de Basquete (ENTB) da CBB. Além disso, ninguém mexe um pé de sua casa se a grana não for boa o suficiente para que valha o esforço de ensinar no interior do Brasil, para massificar ou revolucionar o basquete brasileiro. A ENTB é uma falácia. O primeiro curso foi divulgado vinte (20) antes de ocorrer em São Paulo, foram de 3 dias de palestras, coisas que não dizem respeito ao técnico foram trabalhadas e cobraram R$ 800,00. Para quê? Para certificar os técnicos da NBB – e quem mais fosse lá – com o Nível III; o máximo que existirá. Ou seja, começaram pelo telhado... Eu quase fui, só pela certificação.

Terceiro. O Rodrigo disse bem: Paulo Murilo foi, no mínimo, a revelação da Liga Nacional de Basquete de 2009/2010. Mas ninguém disse isso, nem a liga fez qualquer tipo de homenagem ou mesmo citação em seu site. O aposentado professor universitário, jornalista, pegou um time capenga e venceu Brasília, o campeão. O time dele não arremessa de três pontos. Joga com dois armadores e 3 pivôs móveis. O detalhe que a revelação até quatro (04) anos atrás desenvolvia o mesmo trabalho em categorias de base: foco nos fundamentos, correção das deficiências dos atletas. Portanto, ele vem falando disso há anos no blog dele. Paulo Murilo é da geração de técnicos campeões. Ele tem 70 anos, começou cedo e auxiliou o Kanela, vivenciou nossas vitórias e viu nossa derrocada. Ele colocou na internet dois jogos: Saldanha da Gama x Joinville e vs Brasília. Não sei como a LNB e a Globo não pressionaram para tirar os vídeos do ar. Por enquanto, olhem os dois jogos e observem: marcação e giro no ataque. Mas também leiam o blog Basquete Brasil do final de janeiro ao final do returno da LNB e vejam que ele foi o único técnico que relatou seus treinamentos, fotografou e divulgou os treinos e viagens. Todos os dias. Se ele tivesse assumido esse time no início do returno, ouso dizer, teria classificado o Saldanha entre os doze (12) times ou mesmo entre os oito (08) equipes que participaram do play-off.

http://blog.paulomurilo.com/2010/05/05/vencendo-as-limitacoes-num-grande-jogo/

http://blog.paulomurilo.com/2010/04/16/pensando-o-futuro/

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