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No lugar do jovem talentoso, a experiência...

Eles são os campeões e nós, nos últimos anos, os idolatramos. Tanto isso é verdade que contratamos um técnico de lá. Falo da Argentina. Então, trago a experiência do atual técnico da seleção argentina para a Mision Turquia 2010, ao justificar a escolha de Luis Cequeira Junior (armador, 25 anos, 1,80m) no lugar do lesionado Juan Pablo Cantero. O grande talento na atualidade, na posição, é Juan Manuel Fernández, um armador de 19 anos, 1,90m e que joga na NCAA. Não se trata, portanto, de uma solução caseira, reserva em seu clube. Trata-se do próximo Ginobili, que assim como Lucas Bebê, Ícaro Parisoto e outros jovens no Brasil foi aproximado da seleção adulta da Argentina. Leiam o que disse Hernandez:
Argentina vs Líbano, 2010.

“[Luis Cequeira] Junior fue el base del Sudamericano, pertenece a este proceso, ya conoce bien los sistemas defensivos y ofensivos del equipo. Me parece que es la mejor opción porque está en un gran momento de madurez y físicamente óptimo. Lamentamos muchísimo lo de Cantero, no sólo como jugador sino también como persona, como pasó con Figueroa”. Sobre este tema, completó: “Elegí a Cequeira y no a Juan Fernández porque no me parece un buen momento para que tome una posta tan caliente, con tanta presión, a tan temprana edad y sin haber jugado tanto en el Sudamericano” (http://turquia2010.cabb.com.ar/noticias_ficha.asp?not=3868).

Olha, minha crítica não é direcionada ao Raulzinho, pessoalmente, mas sim ao processo. Quero aproveitar e parabenizar o empenho, a dedicação e a maturidade que esse jovem vem adquirindo nos últimos anos e dizer que ele esta correto em querer os melhores jogos, as melhores competições. Mas minha crítica é a CBB que pode colocar a carreira de um talento promissor ladeira abaixo. Ser empurrado, apadrinhado, por vezes, amolece o ser humano - as coisas vem fácil, para quê dedicação? Temos um exemplo clássico disso: Nezinho, apadrinhado por Lula (o ecnico, nào o presidente) e pelo que se esperava dele pela herança genética. Contra a Austrália não marcou nada. Bastava um corte e ele ficava para trás. E aí, Varejão, Splitter e Muriilo cobrindo ou fazendo falta para recuperar o espaço perdido. Pior que isso: Nezinho pode vir a ser titular, caso Huertas não suporte a dor no joelho noticiada dias atrás - nesse caso também temos duas hipóteses: ou ele vai jogar no sacrifício (e comprometer o joelho, a carreira) ou ele vai dosar o empenho (prejudicando a seleção). Espero que tudo dê certo nessa situação, mas a convocação do Raulzinho nos criou dois problemas:
  • se Huertas se lesionar, Nezinho será o titular e terá que permanecer tanto tempo em quadra quanto ocorre nos clubes onde joga - isso compromete a qualidade do jogo dele;
  • Nezinho titular, Raulzinho terá de jogar mais tempo do que o esperado - penso que com a aexperiência que possui, Rubén Magnano, estava projetando um ou dois minutos em quadra com o intuito de dar-lhe experiência. Agora, será o primeiro a jogar;
  • Ao escolher Raulzinho e descartar Hátila, Rubén Magnano desconsiderou as possibilidades de Nenê, Varejão e Splitter se lesionarem e ficarem fora da seleção. Nenê já foi, Varejão teve dores nas costas e ficou fora por quase duas semanas e Splitter também se lesionou. Ainda bem que Murilo tá jogando um bolão...
Portanto, estamos em uma perigosa situação. Como técnico e analista das questões burocráticas, legais, técnicas e táticas da seleção fico preocupado. Como torcedor, não quero nem pensar em qualquer das situações acima. Vai dar tudo certo... Esse é o perigo no Brasil: o excesso de fé e a reduzida labuta.

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