Eu sou muito crítico: penso que técnico estrangeiro na seleção brasileira de basquete não é o caminho ideal, pois desvaloriza nossos técnicos, nosso trabalho. Mas hoje, estou revendo minha posição com base no resultado do jogo com os EUA. Não baseado no placar magnífico (só dois pontos!!!), mas no conjunto da obra, no trabalho tático, que estava excelente - pecamos com as 4 faltas do Huertas e sem substitutos a altura, reduzindo o poder de ataque do Leandrinho que teve que organizar o jogo. Mas isso é outro problema, uma discussão que já vem se arrastando. O que importa é que quando jogaram no esquema tático estipulado, o resultado foi um jogo ponto a ponto - estivemos 8 pontos na frente e somente 4 atrás no final. A defesa foi magnífica. Os turnovers é que preocupam, pois mostram afobação. Mas isso também é corrigível.
O que importa é que a seleção tem comando. Os atletas formaram um grupo, uma equipe, não apenas um time. Marquinhos teve outra postura, marcou muito bem - cito por causa da passagem anterior pela seleção e para confirmar o que penso: são jovens, precisam de novas oportunidades. Não sei se cada um acreditou 100% que era possível encarar os EUA, mas o resultado mostra que conseguiram muito no dia de hoje: conquistaram o respeito do torcedor brasileiro. De agora em diante olharemos os jogos torcendo e sabendo que são capazes, não mais com aquela interrogação questionando quando que vai tudo por água abaixo.
Isso não significa que mudei de idéia em relação ao técnico da seleção ser um estrangeiro ou sobre a má convocação dos armadores - na hora que precisávamos Nezinho e Raulzinho nem entraram. Estavam lesionados como Varejão? O significado dessa postagem é reconhecer que Magano é um magnífico a beira da quadra e conseguiu fazer o que os outros (os técnicos brasileiros, que defendo) não conseguiram fazer até agora. Com a mesma geração e sem Nenê e Varejão em quadra. Vamos imaginar quando os dois se juntarem a esse grupo... Talvez em Londres-2012. O primeiro pedido de tempo que ele pediu foi na hora certa, quando começava aquele momento que tememos: o da descrença e que tudo vai por água abaixo. Colocou a seleção no jogo de novo. Mesmo sem microfones, quando ele rabisca na planilha e colocava o indicador na ponta da testa, dava para entender o que ele queria.
Então, essa fase de Rubén Magnano e Fernando Duró a frente da seleção tem que ser transformada em aprendizado, de formação de novos e competentes técnicos do basquete brasileiro - não aquele cursinho da ENTB. Se a CBB escolher quem serão os beneficiados desse processo, certamente irá reduzir o alcance do efeito multiplicador do que podem ensinar, mas se massificar a atuação, interação e aprendizado com eles, o resultado, certamente, será positivo. Já penso que o que ele conquistar, deve lhe dar o direito de usufruir da conquista no futuro, ou seja, se ganhar a vaga olímpica, deve ser o técnico lá e se trabalhar pelo basquete brasileiro como citado acima, deve ser valorizado por isso. Lamentavelmente nossos técnicos de ponta, dos clubes do NBB, não ministram cursos pelo Brasil, fica tudo nas mãos do Barbosa, que nem dirige mais equipes.
Finalmente, precisamos trocar nossa emotividade e baixa auto-estima pela razão e pela confiança de que somos capazes. Precisamos ler/ouvir uma crítica de quem é do meio esportivo e reflitir sobre a mesma sem começar a fantasiar um adversário, alguém do contra ou alguém que quer nos derrubar, tomar nossa posição. Somos capazes disso e quando as coisas acontecem, como hoje, percebemos que podemos mudar o status quo e evoluir. Sim, nosso basquete deu um salto e vai crescer muito mais quando a força defensiva se concretizar, enraizar-se na alma de nosso jogador e usarmos o nosso poder de atacante - o desejo de sempre atacar - para penetrarmos, rompermos a defesa adversária e reduzirmos os arremessos de longa distância. Apesar do índice de aproveitamento de 3 pontos ser quase o mesmo dos EUA, arremessamos 11 vezes a mais que os Estados Unidos dos três pontos, ou seja, erramos muitas bolas dessa região quando poderíamos infiltrar e permitir os arremessos de média e até de 3 pontos em melhores ocndições. Por isso a bola do Huertas no final, infiltrando e não arremessando, foi uma escolha corretíssima, mesmo errando os lances livres - nosso aproveitamento foi medíocre nos lances livres: 50% é muito baixo.
Mas enfim, o jogo de hoje nos colocou em outro nível e espero que de lá, para nos tirarem, tenham que suar muito, como fizemos hoje com os EUA. Inacreditável, pois pensei que não veria, tão cedo, a seleção brasileira de basquete fazer os americanos correrem, seus técnicos sairem do circo midiático e atuarem como tal (até suando Coach K estava) e fazê-los comemorem o final do jogo com se fosse a vitória do campeonato. Parabéns a todos na seleção brasileira. Mantenham o foco e que venham os europeus...
P.S.: as fotos são do site da FIBA e, por mais que eu quisesse colocar de nossa seleção atacando, só tinham fotos dos EUA no ataque e nós na defesa. Isso não mostra o nível do jogo e quem correu atrás a maior parte do jogo. A CBB deve conversar com o pessoal da FIBA sobre isso.
O que importa é que a seleção tem comando. Os atletas formaram um grupo, uma equipe, não apenas um time. Marquinhos teve outra postura, marcou muito bem - cito por causa da passagem anterior pela seleção e para confirmar o que penso: são jovens, precisam de novas oportunidades. Não sei se cada um acreditou 100% que era possível encarar os EUA, mas o resultado mostra que conseguiram muito no dia de hoje: conquistaram o respeito do torcedor brasileiro. De agora em diante olharemos os jogos torcendo e sabendo que são capazes, não mais com aquela interrogação questionando quando que vai tudo por água abaixo.
Isso não significa que mudei de idéia em relação ao técnico da seleção ser um estrangeiro ou sobre a má convocação dos armadores - na hora que precisávamos Nezinho e Raulzinho nem entraram. Estavam lesionados como Varejão? O significado dessa postagem é reconhecer que Magano é um magnífico a beira da quadra e conseguiu fazer o que os outros (os técnicos brasileiros, que defendo) não conseguiram fazer até agora. Com a mesma geração e sem Nenê e Varejão em quadra. Vamos imaginar quando os dois se juntarem a esse grupo... Talvez em Londres-2012. O primeiro pedido de tempo que ele pediu foi na hora certa, quando começava aquele momento que tememos: o da descrença e que tudo vai por água abaixo. Colocou a seleção no jogo de novo. Mesmo sem microfones, quando ele rabisca na planilha e colocava o indicador na ponta da testa, dava para entender o que ele queria.
Então, essa fase de Rubén Magnano e Fernando Duró a frente da seleção tem que ser transformada em aprendizado, de formação de novos e competentes técnicos do basquete brasileiro - não aquele cursinho da ENTB. Se a CBB escolher quem serão os beneficiados desse processo, certamente irá reduzir o alcance do efeito multiplicador do que podem ensinar, mas se massificar a atuação, interação e aprendizado com eles, o resultado, certamente, será positivo. Já penso que o que ele conquistar, deve lhe dar o direito de usufruir da conquista no futuro, ou seja, se ganhar a vaga olímpica, deve ser o técnico lá e se trabalhar pelo basquete brasileiro como citado acima, deve ser valorizado por isso. Lamentavelmente nossos técnicos de ponta, dos clubes do NBB, não ministram cursos pelo Brasil, fica tudo nas mãos do Barbosa, que nem dirige mais equipes.
Finalmente, precisamos trocar nossa emotividade e baixa auto-estima pela razão e pela confiança de que somos capazes. Precisamos ler/ouvir uma crítica de quem é do meio esportivo e reflitir sobre a mesma sem começar a fantasiar um adversário, alguém do contra ou alguém que quer nos derrubar, tomar nossa posição. Somos capazes disso e quando as coisas acontecem, como hoje, percebemos que podemos mudar o status quo e evoluir. Sim, nosso basquete deu um salto e vai crescer muito mais quando a força defensiva se concretizar, enraizar-se na alma de nosso jogador e usarmos o nosso poder de atacante - o desejo de sempre atacar - para penetrarmos, rompermos a defesa adversária e reduzirmos os arremessos de longa distância. Apesar do índice de aproveitamento de 3 pontos ser quase o mesmo dos EUA, arremessamos 11 vezes a mais que os Estados Unidos dos três pontos, ou seja, erramos muitas bolas dessa região quando poderíamos infiltrar e permitir os arremessos de média e até de 3 pontos em melhores ocndições. Por isso a bola do Huertas no final, infiltrando e não arremessando, foi uma escolha corretíssima, mesmo errando os lances livres - nosso aproveitamento foi medíocre nos lances livres: 50% é muito baixo.
Mas enfim, o jogo de hoje nos colocou em outro nível e espero que de lá, para nos tirarem, tenham que suar muito, como fizemos hoje com os EUA. Inacreditável, pois pensei que não veria, tão cedo, a seleção brasileira de basquete fazer os americanos correrem, seus técnicos sairem do circo midiático e atuarem como tal (até suando Coach K estava) e fazê-los comemorem o final do jogo com se fosse a vitória do campeonato. Parabéns a todos na seleção brasileira. Mantenham o foco e que venham os europeus...
P.S.: as fotos são do site da FIBA e, por mais que eu quisesse colocar de nossa seleção atacando, só tinham fotos dos EUA no ataque e nós na defesa. Isso não mostra o nível do jogo e quem correu atrás a maior parte do jogo. A CBB deve conversar com o pessoal da FIBA sobre isso.
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