Abaixo reproduzo, ipsis litera, a avaliação da seleção de desenvolvimento realizada pela comissão técnica envolvida, pela CBB e divulgada pela entida máxima do basquete. Cabe a divulgação no Mais Basquete por que a avaliação veio a público após minhas críticas. Vou marcar, com negrito, alguns trechos que comentarei na quarta-feira.
Avaliação da Seleção de Desenvolvimento Masculino (http://www.cbb.com.br/competicoes/mundialSub19M2011/showrelease.asp?a=8604&e=527)
São Sebastião do Paraíso / MG - Reunidos desde o dia 5 de fevereiro, a seleção de desenvolvimento masculina terminou sua primeira etapa. Os atletas que a formavam foram divididos em suas respectivas categorias. Dos 16 atletas, que estavam treinando na seleção de desenvolvimento sob o comando de José Alves Neto, e sob os olhares de Ruben Magnano, e a comissão técnica, cinco deles embarcaram na última terça-feira, com a sub-19 rumo aos amistosos na Europa. Outros cinco que treinaram na etapa final em São Sebastião do Paraíso, já retornaram para seus clubes.
O técnico da seleção de desenvolvimento e da seleção sub-19, que disputará o Mundial, José Neto, avaliou os treinamentos do grupo, em São Sebastião do Paraíso (MG).
“Foi um projeto inédito do basquete brasileiro esta seleção de desenvolvimento. Todos os jogadores apresentaram muita vontade durante toda a etapa em que estávamos em São Sebastião. Conseguimos desenvolver um ótimo trabalho e que já estamos colhendo os frutos. Leonardo Meindl, Lucas Mariano, Felipe Taddei, Durval Cunha e Gabriel Aguirre embarcaram rumo à Letônia para o Mundial. A cidade de São Sebastião do Paraíso também abraçou esta seleção e o projeto da CBB. Espero que possamos continuar com esse projeto sempre que possível. Estou muito orgulhoso de todos os atletas que fizeram parte do grupo”, comentou Neto.
José Neto avaliou os resultados obtidos com essas seleções.
“A proposta inicial foi que os jogadores de potencial e se desenvolvessem basicamente nos aspectos físicos e técnicos. Pelas avaliações e reavaliações realizadas com os 16 jogadores, pudemos ver o satisfatório resultado alcançado. No conceito de jogo defensivo e ofensivo eles estão muito acima do que quando chegaram. Nosso objetivo com a seleção de desenvolvimento, como o próprio nome diz, era desenvolver atletas que tivessem condições de integrar as seleções brasileiras de base. Resultado alcançado hoje com atletas distribuídos entre as equipes sub-16, sub-17 e sub-19. Conseguimos realizar um trabalho com mais qualidade nos dois pilares que tiveram essa seleção, que era o trabalho físico e técnico”, avaliou José Neto.
As categoria sub-17 receberam quatro atletas e a sub-16 dois. As duas seleções seguem em fase de preparação. O comandante da seleção sub-17, Demétrius Ferracciú, e da categoria sub-16, André Germano falaram do projeto.
“Os meninos que participaram do projeto tiveram uma evolução muito grande. A seleção serviu para desenvolver atletas que podem servir as seleções brasileiras de base atualmente e no futuro até adultas. Convocamos para os treinamentos da equipe sub-16, o Lucas Dias e o Guilherme Saad. São dois atletas que serviram de referência tanto parte técnica, quanto na física para os outros jogadores. A preparação deles foi muito maior do que se estivessem em seus clubes. Os 16 jogadores da seleção de desenvolvimento tiveram um trabalho diferenciado e intensivo”, analisou André.
“A evolução dos atletas no sentido técnico foi imensa. Nunca havia presenciado um trabalho deste nível anteriormente. Achei ótimo o projeto, pois possibilitou que os jogadores se dediquem e mostrem seu talento. Eles ficaram concentrados durante um período grande só pensando e fazendo exclusivamente o basquete. Convocamos para a sub-17, os jogadores Felipe Braga, Felipe Rech, Matheus Pereira e Leonardo Demétrio. Eles estão com o condicionamento físico e técnico muito bom. Fiquei muito contente com o resultado obtido por esses atletas”, disse Demétrius.
Com enfoque principal no condicionamento físico desses jogadores, a preparação física foi feita em conjunto com a parte técnica. O preparador físico da equipe, Diego Falcão, e o fisiologista Rafael Fachina, analisaram os resultados obtidos.
“Os resultados das avaliações foram muito bons, conforme esperado. Hoje em dia, a preparação física e o trabalho técnico são integrados. Quando os meninos chegaram em São Sebastião fizemos uma avaliação diagnóstica, depois dividimos as cargas pelos grupos. O fator idade também foi avaliado, já que se tratava de um grupo com atletas entre 15 e 18 anos, trabalhamos de forma diferenciada com os jogadores. Queríamos dar aos atletas um nível de treinamento igual é dado aos atletas de excelência. Os treinos foram diferenciados e os avanços monitorados para que todos alcançassem na mesma condição”, avaliou Diego.
“Toda as semanas nos reunimos para rever e analisar o controle do que estava sendo feito e fazermos o planejamento. De acordo com o que íamos percebendo, aumentávamos ou diminuíamos as cargas de choque possíveis e que esperávamos. Em resposta, nas reavaliações vimos que os jogadores tiveram em média de 70% de evolução em suas capacidades físicas. Percebemos que conforme íamos controlando a carga dos treinos, a cada semana, e fazendo o ajuste fino os meninos iam alcançando cada vez mais o caminho da evolução. Nesse momento em que se encontram anterior a competição, com 70% do seu nível de condicionamento físico alcançado, eles caminham para os 100%”, disse o fisiologista.
Ainda dentro do trabalho e avaliações físicas, Rafael Fachina, avaliou os amistosos realizados pelo grupo.
“Os amistosos foram importantes para a avaliação do técnico, no sentido tático. Não tínhamos o objetivo de ter algum resultado. Assim que terminaram as reavaliações, começamos com o período de competições. Então os treinos passaram a ser feitos visando a resistência dos jogadores. Queríamos que ao correrem vencessem a fadiga e ficassem cada vez mais velozes, influenciando assim na questão técnica e melhorando a defesa do time. Um dos pontos importantes foi que não tivemos lesões durante todo o período. Os que vieram para a seleção com lesão, tiveram um trabalho físico e fisioterápico diferenciado do grupo”, disse Fachina.
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