Caríssimos leitores,
todos que visitam o Mais Basquete, precisam saber que estou em uma fase de
reflexão sobre muitas coisas que afirmei, principalmente por que quebrei om
polegar dando treino e é muito ruim digitar com o dedo duro batendo no espaço,
no enter...
Também penso que é
complicado não reconhecer as vitórias que o Brasil teve nos últimos dias,
especificamente a Seleção Sub-17 Masculina no Sul-Americano e a Seleção
Militar, mesmo que eu tenha críticas as duas situações me sinto obrigado a
reconhecer tais vitórias.
No caso do Sub-17 o que
me incomoda é a forma como o técnico da seleção conquistou seu, digamos, brevê
para dirigir a equipe, através de um ato de provisionado para uma profissão que
exerce, do meu ponto de vista, de forma irregular. Todos sabemos que o
Demétrius era atleta em 1996, dois anos antes de promulgarem a Regulamentação
da Educação Física e prazo para que qualquer cidadão comprovasse que era
atuante no basquete como técnico, preparador físico e requerer o direito
adquirido. Mas nosso Conselho Federal não é corporativista, defensor da
categoria e, mais importante, da sociedade como deve ser - nesse momento eles
devem estar pressionando um dançarino sem holofotes a fazer os cursinhos e se
registrar.
Também sabemos que
Demétrius venceu um paulista e foi alçado a condição de semi-deus. E, como tal,
conquistou um espaço nas seleções de base e como assistente-técnico da adulta. Claro,
também sabemos que tal posição foi conquistada com a ajuda de seu amigo de
clubes e seleções, Vanderlei, hoje diretor da CBB. Isso tudo é chato, lamentável e em nada
contribui com o basquete brasileiro. E é semelhante a situação da Janeth no feminino... Pensem nisso também...
Entretanto, os resultados
do Demétrius, que critiquei outro dia pelo corte do Dimitri, inclusive o
rotulando de não ser pedagógico e ético na questão, se alargaram na última semana , ao conquistar o Sul-Americano Sub-17 e levar o Brasil a vencer duas vezes a Argentina na mesma semana e isso precisa ser reconhecido. Claro, o staff dele também
era composto por profissionais da saúde, professores de educação física, todos qualificadíssimos, que também contribuíram para o resultado final. Mas o
comandante era o Demétrius...
A segunda questão que venho
deixando no forno é a composição da seleção militar. Evitei escrever durante os
Jogos Militares do Rio 2011. Cheguei a consultar a organização do evento sobre
a situação dos jogadores e ficou claro que, para quem respondeu pelo menos, a
situação é corriqueira e normal.
Não é corriqueira e nem
normal.
Afinal, o Brasil não foi
campeão só no basquete, foi campeão geral do evento e deu um salto do 15o. para
o 1o. lugar geral. Como? Contratando atletas. Profissionalizando as equipes
militares. Extinguindo o sentido de jogos militares. Centralizando e tornando o
esporte um lugar para poucos. Excluindo os sargentos e oficiais que, em
situação diferente, seriam os dignos representantes da caserna.
Essas questões tem me
feito refletir sobre o que é vencer, o que devemos fazer para vencer e quais
regras estamos dispostos a burlar para vencer. Vou me aprofundar nelas e
voltarei com tópicos específicos de cada uma delas no futuro.
Parabenizo as comissões
técnicas, os atletas da seleções militar e sub-17 pelas vitórias, mas especialmente aos moleques da
sub-17, que estavam disputando uma competição na idade certa e no local certo, sem querer monopolizar o esporte.
O principal nisso tudo é um meio termo, de maneira que eu não abandone meu processo crítico de absorção e distribuição do conhecimento (a escrita) e não personalize as mesmas, pois trato de um tema pelo viés profissional e não do clube dos amiguinhos do Brasil.
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