Confesso: eu
estou eufórico! A classificação bateu fundo em meu coração de basqueteiro, que
desde muito cedo sempre viu o Brasil nos Jogos Olímpicos – meus pais investiram
no esporte, como saúde, como boas redes de relacionamento, como educação e como
distanciamento do mundo do crime, das drogas e da violência, por isso me doeu
muito não ver o Brasil em Sydney, Atenas e Pequim e, mesmo em Atlanta 1996, o
basquete já não foi bem e focamos apenas na despedida do Oscar, mas ali já
mostrava a decadência que nos mantiveram 16 anos longe do palco olímpico.
Não adianta
um ou outro leitor postar críticas por eu estar comemorando a classificação da
seleção. Para estes tento explicar minha origem e a imensa paixão que tenho pelo
basquete que julgo justo querer ter clubes, uma identidade municipal ou mesmo regional
para torcer é um desejo que manterei vivo até o último minuto dessa vida. E
para concretizá-lo, vejo como necessária a mudança no paradigma administrativo
da entidade CBB e na gestão do esporte basquete.
Cabe aqui um
parênteses: Nunca planejei ser a voz do basquete brasileiro, por que várias
vozes fazem o grito mais alto e retumbante. Manterei meu posicionamento de
cobrança e denúncia, como me disse ontem um interlocutor.
E nesse
espaço, cabe destacar o que escreveu José Cruz no Blog do Cruz em “A
vitória dos atletas e o lado oculto da gestão do basquete”. Leiam o que ele
escreveu e saibam que concordo ipsis litera com o que ele expõe em seu artigo.
Vou acrescentar
mais uma pergunta aos questionamentos do Cruz, relacionada à declaração do presidente
da CBB, Sr. Carlos Nunes, que quer, ter espaço na mídia com Presidente da CBB e
como cidadão comum. Ora, o cidadão comum continuaria com sua pequena fábrica de
plástico em Pelotas. Mas ele disse, ao final do jogo de domingo (11/9/2011):
Carlos Nunes disse que o
cidadão Carlos Nunes não levaria Nenê e Leandrinho [á Londres 2012]. O presidente da CBB, então, não age como
cidadão quando gerencia pessoas e os recursos do nosso basquete? Todos
sabem o que é o ser cidadão, certo?
Reflitam sobre isso e
talvez compreendam por que pessoas como José Cruz, Marcel de Souza e a ESPN
Brasil continuam com seus posicionamentos editoriais de elogiar os bons
desempenhos, mas sem omitir-se da realidade nua e crua: ainda faltam respostas
e mudanças!
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