Flamenguistas
de plantão, não venham com ofensas e ameaças, pois o que vi na TV foi um grande
ídolo comportando-se de forma inadequada para as conquistas, o respeito e a
liderança que possui no basquete brasileiro.
Também não adianta o
SporTV dizer que foi algo recíproco, porque isso é uma posição de defesa
unilateral da verdade. Sim, a verdade – essa companheira que anda tão escondida
em nosso meio. O que as imagens mostram, para quem não estava in loco como eu,
é o Marcelinho apontando e colocando o dedo na cara do Fúlvio e dando uma
cabeçada de cima para baixo – é me chamar de burro querer que eu acredite que
os dois atletas encostaram testa com testa, sendo que o Marcelinho tem 2,00m e
o Fúlvio 1,86m. Após a atitude do Marcelinho é que começa uma reação do Murilo.
Finalmente, Marcelino
diz para perguntarem ao armador do Flamengo o que o Fúlvio disse. Ficou no ar
algo ruim, mas ele mesmo disse que foi provocação pela vitória e depois diz que
isso não se faz.
Bem, a provocação
merece um destaque. O basquete é um jogo de invasão, de disputa territorial, de
objetivo claro: um time “A” quer pontuar, passando a bola de cima para baixo
pelo aro de defesa do outro time, o “B”. E esse time “B” não quer deixar isso
ocorrer.
Sendo assim, há uma
tentativa de superar o adversário e em esportes de contato é impossível não
ocorrer provocações, frases de efeitos e contato corporal mais acentuado – não
fosse isso os atletas não estariam malhando e fazendo outras coisitas para
ficarem fortes.
Portanto, a
provocação também faz parte do jogo, dentro da quadra e fora dela,
especialmente fora dela, de maneira que se possa superar o adversário e já
intimidá-lo para a disputa. O experiente Marcelinho sabe disso. O que não pode
é essa disputa, ameaça ou provocação terminar em brigas, violência e exemplos
negativos para a juventude.
Vamos lembrar que, ao
chegar na final em 2011, no quarto jogo, o Flamengo já criou um tumulto generalizado em Brasília, tendo como consequência a troca de ginásio e a
punição de alguns atletas, com evidente prejuízo para a equipe do DF. Imaginei
que teriam aprendido a lição. Lá foram o Wagner e o Duda que começaram a
bagunça. Ontem, em São José, foi o Marcelino. Interessante, né?
Por outro lado, a LNB
tem que agir. Ver e rever as imagens, analisar relatórios e punir o responsável.
Isso é bom. Moraliza o jogo e mostra que não toleramos essas atitudes. Façamos,
no basquete, diferente do futebol.
Mas mais interessante
vai ser se a LNB punir o protagonista e for atrás do que disse a SPORTV, que
houve cabeçadas mútuas (Fúlvio pegou uma cadeira para igualar a altura das
testas?), como acreditar que houve na Arena, no jogo 3, agressões mútuas – aliás,
a atitude do Fúlvio, de jogar a bola, seja no rosto, na região genital, nos pés
ou no tronco do adversário é totalmente licita pelas regras. Portanto nada pode
ser pior do que dizer que ele jogou no rosto e isso não pode. Esse ato é um
recurso legal e a bola vai pode ser jogada onde possa bater e,
preferencialmente, correr para fora da quadra. Mas enfim, fico com medo da LNB
suspender os "envolvidos": de um lado um armador que começa a atingir
a maturidade na função, fundamental para o bom desempenho de sua equipe e de
outro lado um grande jogador, mas que passou a temporada no banco e se só saiu
de lá para criar essa confusão.
Bela maneira de
reduzir a eficiência de uma equipe é provocar o melhor jogador e vibrar com a
reação dele. Espero que a LNB esteja de olho nessa possível e óbvia manobra, na
reincidência do Flamengo e no prejuízo para apenas uma das equipes se Fúlvio e
Marcelinho forem suspensos. Só não dá para deixar por isso mesmo e desejar que
o jogo na Arena seja maravilhoso. Esta nas mãos da LNB encontrar a solução mais
justa para o que ocorreu em São José, considerando a reincidência do Flamengo e
as contínuas agressões que o Fúlvio tem sido vítima. Nosso dever é proteger o
talento, sem dar-lhe poder excessivo. Bela sinuca de bico...
Comentários
Punição ao Caio, por ter agredido.
Punição ao Jefferson por ter brigado.
E mais do que isso, punição ao irmão do Marcelinho (não o Duda, o outro, que é da Comissão Técnica do Flamengo). Tudo isso, ANTES do jogo 5.
Mas discordo do blogueiro, acho que a liga deveria sim ter punido o Fúlvio pela simulação de ter tomado uma cabeçada no RJ.