Jogando contra seus maiores rivais |
Hoje falo sobre uma lenda viva dos Lakers, muito antes de Kobe, Magic ou Abdull-Jabbar, quem ditava o tom era Elgin Baylor. Ele foi o cara dos Lakers ppor um bom tempo, jogando 13 temporadas na NBA, chegando a oito finais, ainda sendo técnico e executivo, tendo o seu número #22 aposentado pelos Lakers. Como atleta foi um arremessador talentoso, forte reboteiro e um excelente passador, a história do craque é requintada.
O ala de força de 1,96 m e 102 Kg se destacou ainda no High School, jogando por Phelps (51/52) e Spingarn (54), ambas escolas de D. C, onde fez sucesso anotando pela primeira com médias de 27.6 pontos e na segunda com médias de 36.1 pontos, detalhe que ficou dois anos sem estudar, apenas trabalhando e jogando de forma recreativa em pequenas ligas. Por conta de um registro escolar equivocado, Baylor ficou de fora da universidade até que um amigo lhe conseguiu uma bolsa de estudos na Universidade de Idaho, onde foi para ser atleta de basquete e futebol americano. Infelizmente, após um ano o técnico de basquete foi demitido e as bolsas restringidas. Um negociante lhe levou para Seattle onde era esperado, após ficar um ano fora para jogar por uma equipe de Seattle, tornou-se elegível e ingressou nos Seattle Chieftains (atualmente Redhawks), jogando por dois anos e levando a equipe as finais da NCAA de 1958 perdendo para Kentucky, última aparição da equipe em finais. Em seus três anos como universitário obteve médias de 31.3 pontos e foi o líder em rebotes na temporada 1956/1957.
Lenda nos Lakers, #22 imortalizado |
Em 1958 foi escolhido na primeira posição do draft, quando chegou aos Lakers a franquia passava por maus momentos, pois havia acabado os anos dourados de George Mikan e o time possuía problemas na quadra, pois na temporada anterior acabou com um time lento, volumoso e envelhecido. Baylor era visto como a salvação para os Minneapolis Lakers, um atleta bem atlético e bom em todos os fundamentos, peça chave para o renascimento da equipe. Já em ano como novato terminou a liga em quarto na pontuação (24.9 pj), terceiro em rebotes (15.0 pj) e oitavo em assistências (4.1 pj), teve um jogo de 25 pontos que é a terceira maior marca da história para um novato. Só por isso foi o Novato do Ano e de quebrar levou os Lakers,que eram os últimos na temporada de 1957, as finais da NBA. Era um arremessador nato, com médias de 34.8, 38.3 e 34.0 pontos por jogo nas temporadas de 1961, 62 e 63 respectivamente, e no dia 15 de novembro de 1960 estabelecia o novo recorde de pontuação da NBA com 71 pontos contra os Knicks, junto com 25 rebotes. Quando conseguiu tal pontuação quebrou o seu próprio recorde de 64 pontos estabelecidos na temporada anterior, ano em que foi o MVP (1959).
Aposentou-se na temporada 1971/72 após nove jogos e problemas sérios em seu joelho, infelizmente escolheu um momento ruim, perdendo de realizar dois feitos. Ser campeão da NBA e o primeiro jogo após sua aposentadoria foi quando os Lakers iniciaram a sequencia de 33 vitórias consecutivas e o recorde da liga. Ainda assim , os Lakers lhe deram um anel de campeão mesmo que não fosse mais um jogador ativo. Baylor foi um dos últimos alas de força pequenos da liga, hoje em dia todos são do seu tamanho o maiores que ele, terminou a carreira com 23.149 pontos, 3.650 assistências, 11.463 rebotes em 846 jogos. Foi 10 vezes selecionado para o time ideal da liga e 11 vezes all-star, foi rankiado como o 11° melhor jogador da história da liga e entrou para o Hall da Fama do Basquete em 1977. Para mim é o melhor jogador da história que não ganhou um campeonato.
Foi assistente técnico no New Orleans Jazz, mas teve um recorde negativo de 86 vitórias e 135 derrotas, se retirando do cargo após a temporada 78/79. Em 1986 foi para o Los Angeles Clippers trabalhar como vice presidente de operações de basquete, ficando por lá 22 anos e sendo eleito o Executivo do ano em 2006, quando os Clippers conseguiram vencer a primeira série de Playoffs, o que não acontecia desde 1976. Muito dos Lakers se deve a esse monstro, o cara fez história e por isso é uma lenda que não pode ser esquecida.
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