A NBA possuí uma tradição que deveria ser seguida por outros esportes, a cerimônia de aposentadoria de um número. Para mim é a maior honraria que um atleta pode receber, mesmo que alguns jogadores recebam uma estatua em frente ao ginásio onde destacaram-se, vejo a aposentadoria do número de forma mais carinhosa.
Como disse Thiago Leal no blog Extratime, ser homenageado com a aposentadoria do número é como ser campeão, é ser eternizado por uma franquia para sempre, é se tornar um marco na história de uma franquia. Muitos números em muitas franquias foram aposentados, os Celtics é a franquia que mais aposentou números, foram 21 números diferentes aposentados, temos algumas curiosidades, por exemplo o Miami Heat aposentou o número 23 em homenagem a Michael Jordan, o Orlando Magic e o Sacramento Kings aposentaram o número 6 em homenagem as suas torcidas, consideradas o sexto homem. Tem atletas que tem números aposentados em mais de uma franquia, casos de Shaq pelos Lakers (34) e Heat (32) e Wilt Chamberlain pelos Warriors e Lakers (13) e muitos que deveriam ter os números retirados e curiosamente não foram, como Gary Payton e Shawn Kemp pelos SuperSonics, Dennis Rodman pelos Bulls, Penny Hardaway, Tracey McGrady e Shaq pelo Magic, entre outros.
E no momento temos vários atletas que podem ganhar essa homenagem, Kobe, Rose, Lebron, Wade, Garnett, Paul Pierce, e tantos outros que ainda jogam mas já fazem por merecer e outros que se aposentaram a pouco e devem receber esse prêmio, como Nash e Kidd. Mas falo sobre essa celebração por um motivo, por um compatriota que acho que já garantiu tamanha honra por sua equipe, estou falando de Varejão. Sim, o nosso compatriota tem muitas chances de ter o número aposentado, nunca trocou de franquia, tem um dia em sua homenagem em que todos colocam perucas em alusão ao seu penteado e é um dos jogadores mais aguerridos do elenco, algo que os americanos relevam e muito. Se isso acontecer Varejão será o primeiro brasileiro e sul americano a receber tamanha homenagem. Acredito que seja merecedor, fez por onde para obter seu espaço, jogou a nível de All Star (só não foi All Star por conta de uma embolia que o tirou de sua até então melhor temporada na carreira) e construiu uma identidade da cidade em torno dele, e assim como Ilgauskas é um dos bons pivôs que passaram por Cleveland.
O que mais admiro nessas cerimonias é ver como os americanos sabem honrar seus ídolos, mesmo que tenham jogado em diversas franquias, se foi importante para o time é lembrado, reconhecido, homenageado e ovacionado. Gostaria muito que outros esportes soubessem reconhecer seus atletas assim, que a NBA seja um exemplo aos demais.
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