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1960: A década que mudou o basquete

A maior rivalidade da década Bill x Wilt
   O debate entre Bill Russell e Wilt Chamberlain parece ter sido resolvido, como estudioso do basquete para compreender e analisar a defesa, o impacto de Russell sobre o jogo foi absurdo. Isso não diminui as incríveis façanhas de Chamberlain (com um jogo de 22 pontos, 25 rebotes e 21 assistências e uma temporada com médias de 50.4 pontos e 27.2 rebotes de média), ele foi um dos cestinhas mais imparáveis da história e um dos melhores reboteiros de boa parte da década de 60.
   O que fazia com que Chamberlain fosse parado por Russell? A resposta é simples, os elencos de apoio, os de Chamberlain nunca foram tão bons quantos de Russell e Boston. Quando foram bons, como em 1967 na Philadelphia (Hal Grerr, Chet Wlaker e Billy Cunningham) e 1972 em Los Angeles (Jerry West e Gail Goodrich), ambas equipes eram sensacionais, foram campeãs e estabeleceram o recorde de maior número de vitórias em uma temporada. O recorde dos Lakers de 1972, só foi batido em 1996 pelos Bulls, que também tinham um grupo fantástico e não foi batido por mais ninguém. Sendo assim, as duas melhores temporadas de Chamberlain estão entre as cinco melhores da história. As equipes de Russell ganharam todos campeonatos que puderam, mas nunca ganharam mais de 62 jogos em uma temporada.
   Isso é tudo a favor de Chamberlain, ele realmente era incrivelmente bom, um dos cinco melhores jogadores da história e o segundo melhor da década de 1960. Mas Russell era o primeiro. Ele era a estrela e líder de uma equipe nove vezes campeã na década, foi All-Star em toda a década, um bom pontuador, um habilidoso passador e um incrível reboteiro. Ele melhorou o seu jogo nos Playoffs, onde por duas oportunidades teve médias de 20-20 e a média de rebotes mais alta por jogo na pós-temporada, 30 rebotes por jogo em 1961.
   Mas o mais importante,Russell modificou completamente a arte de defender. Houveram grandes defensores antes, George Mikan foi um deles, mas as diferenças físicas eram tão grandes que Russell parecia ser de outro esporte. Ele estudou muito o jogo, em sua autobiografia conta que junto com seu companheiro de Universidade, KC Jones, eles estudavam os arremessos, onde a bola iria cair se batesse em determinado ponto do aro e onde posicionar-se, e encontraram novas maneiras de serem grandes. Russell era um atleta fenomenal, aprendemos com essas gerações que dotes físicos combinados com inteligência criavam jogadores imparáveis. Ele foi a vanguarda desse tipo de atleta (com Mikan como um protótipo), não era apenas alto ou rápido, ou apenas muito inteligente, ele era tudo isso. E ele usou esses atributos para dominar onde a maioria das superestrelas não fez, na defesa. 
   Em muitos aspectos Russell transformou um jogo de parque em um esporte de homens que pensam. Ele elevou o nível do basquete rapidamente em suas 13 temporadas como atleta, e ajudou a moldar as futuras gerações de pivôs. Nós adoramos ver bandejas acrobáticas, enterradas potentes, passes impossíveis e pontes aéreas, mas a defesa é metade do jogo. E Russell dominou dos dois lados, e avançou mais do que qualquer um na liga. Essa é a história dos anos 60. 
   Uma década repleta de estrelas, algumas se aposentando mas ainda jogando em alto nível, alguns novos astros chegando e uma mudança tremenda na forma de se jogar basquete sendo vista. Não é a toa que muitos dos nomes aqui citados são lendas da NBA e membros do Hall da Fama.
   Abaixo o Time de da Década de 1960
Primeiro Time: Bill Russell, Elgin Baylor, Jerry Lucas, Oscar Robertson e Jerry West.
Segundo Time: Wilt Chamberlain, John Havlicek, Tom Heinsohn, Hal Greer e Richie Guerin.
Terceiro Time: Bob Pettit, jack Twyman, Bailey Howell, Sam Jones e Lenny Wilkens.
Menções honrosas: Walt Bellamy, Willis Reed, Nate Thurmond, Billy Cunningham, Chet Walker e Dick Barnett. 

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