Sua marca registrada |
Hoje nossa série vai homenagear um cara que nos deixou essa semana, Darryl "Chocolate Thunder" Dawkins, um jogador que impressionou por sua força nas enterradas, que o digam as tabelas que ele destruiu, um cara que mudou as tabelas e foi até mesmo proibido de enterrar.
Dawkins começou no basquete pela Maynard Evans High School, em Orlando, seu técnico Fred Pennington o considerava como provavelmente o melhor jogador que a escola teve e uma das melhores pessoas que conheceu. Em 1975 foram campeões estaduais e Moses Malone foi levado pela Utah Stars da ABA, ele que jogava na Petersburg High School adversária na final. Aos 18 anos ele desistiu da escola e tornou-se elegível para o Draft da NBA de 1975, tentando seguir os passos de Moses Malone. Ele foi a quinta escolha geral pelo Philadelphia 76ers. Com seu tamanho, velocidade e toque, era esperado que ele dominasse a liga.
Como um talento bruto que necessitava ser lapidado, Dawkins amargava o banco dos Sixers nas suas duas primeiras temporadas. Como novato jogou apenas 37 partidas, anotando 2.4 pontos e 4,5 minutos por jogo. Na temporada seguinte teve pouco espaço na temporada regular, mas começou a surgir nos Playoffs. Ele foi crucial nas finais, mesmo com a derrota para os Blazers de Bill Walton, anotando 7.3 pontos e 5.4 rebotes por jogo na pós-temporada. Na temporada de 1978/79 ele achou seu papel, saindo do banco para 25 minutos por partida e médias de 11.7 pontos e 7.9 rebotes, ficando em segundo na liga em percentual de aproveitamento dos arremessos com 57,5%.
O homem que quebrava tabelas |
Ele continuou evoluindo, nas duas temporadas seguintes os Sixers foram longe, em 1977/78 perderam nas finais de conferência e em 1979/80 perderam nas finais para os Lakers em seis jogos. Em 1979 Dawkins mudou o basquete ele enterrou com tanta força que quebrou a tabela, três semanas depois novamente fez isso. A NBA decidiu então decidiu que quebrar a tabela seria uma ofensa, e que seria passível de multa e suspensão. Ele foi o primeiro jogador a quebrar tabelas e os apelidos surgiram The Chocolate-Thunder-Flying, Robinzine-Crying, Teeth-Shaking, Glass-Breaking, Rump-Roasting, Bun-Toasting, Wham-Bam, Glass-Breaker-I-Am-Jam.
Ainda com os Sixers chegou as finais de conferência de 1981 e perdeu para os Boston Celtics, tendo 60,7% de aproveitamento dos arremessos, e médias de 14 pontos e 7.2 rebotes. Nas finais de 1982 perderam novamente para os Lakers, e Dawkins foi trocado para o New Jersey Nets por uma escolha de primeira rodada do Draft. Aos 25 anos chegava aos Nets, onde teve duas temporadas produtivas, 1982/83 ele foi o terceiro da NBA em aproveitamento com 59,9% e 12 pontos de média. Na temporada seguinte teve a mais alta média de pontos da carreira com 16.8 e 6.7 rebotes.
Infelizmente a campanha 1983/84 foi a última completa de Dawkins, as lesões o limitaram a 39 jogos em 1984/85. Na temporada de 1985/86 ele escorregou e machucou as costas na banheira, ano em que os Nets foram as finais e ele jogou apenas 32 partidas. Ele tentou voltar nas temporadas seguintes com Nets, Jazz e Pistons, mas os problemas nas costas o limitaram a 26 jogos nessas temporadas. Ainda assim foi campeão da NBA com os Pistons em 1989.
Ainda assim, tentou voltar em 1994 com os Nuggets e 1995 com os Celtics, participando dos campos de treinamento. Passou vários anos jogando fora da NBA, jogando na Itália, por Torino, Olimpia Milano e Telemarket Forli. Teve uma breve passagem pelos Globetrotters, Sioux Falls Skyforce e Winnipeg Cyclone. Em 2009/10 foi técnico da Lehigh Carbon Community College. No último dia 27 de agosto faleceu aos 58 anos de ataque cardíaco.
Dawkins não foi uma super estrela da liga, mas soube se fazer presente e de certa forma ser dominante, a força que tinha para enterrar é muito absurda para época, era como Shaq nos anos 90. Graças a ele que as tabelas foram modificadas, com os aros retráteis que jogamos hoje. Ele é parte da história e merece nossa homenagem.
Abaixo um vídeo com as enterradas do monstro, Dunkenstein como ele se intitulava.
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