Por um tempo a Associação Nacional de Basquete (NBA), permitia que os jogadores vindos do ensino médio fizessem um salto para o nível mais alto do esporte. Não importava se os jovens estavam prontos. Se eles não iriam poder entrar na faculdade ou achavam que não precisavam dela, ninguém impedia-os de fazer essa tentativa, e claro que tivemos resultados variados.
Há uma grande diferença entre jogar no High School e estar pronto para jogar com os "homens grandes". Na história temos vários exemplos de pessoas que não podiam ter ido direto para a NBA. Lembram de Kwame Brown? Claro que sim. Ele deixou Glynn Academy para entrar na NBA, foi a primeira escolha geral do Draft de 2001 pelo Washington Wizards, e teve uma carreira com médias de 6.6 pontos e 5.5 rebotes. Não é exatamente o que se espera de um pivô de 2.11 m. É evidente que ele não estava pronto para usar o seu talento na NBA.
As vezes as coisas dão certo para os jovens aspirantes. Por exemplo, Amar'e Stoudemire. Foi a nona escolha do draft de 2002 pelo Phoenix Suns e teve (tem) uma carreira sólida. Stoudemire foi seis vezes All Star e tem médias de 19.8 pontos e 8.1 rebotes por jogo. Se não tivesse enfrentado tantas lesões em seus 13 anos de carreira, o ala/pivô de 2.08 m teria sido mais do que apenas uma vez NBA All First Team.
Infelizmente nunca se pode saber. A verdade é que as equipes assumiam o risco quando escolhiam um desses jovens do High School. As vezes acabam com um Brown, outras vezes com um Stoudemire. E se tiver sorte mesmo, pode acabar com algo muito, muito melhor. Com isso, dê uma olhada nessa lista com os sete melhores jogadores vindos do high school.
1. Tracy McGrady: Chegou a NBA vindo da Mount Zion Christian Academy. Foi selecionado pelo Toronto Raptors como a nona posição geral do Draft de 1997, e não demorou muito até T-Mac tornar-se um dos jogadores mais dominantes da liga. Com 2.03 m, o combo de ala armador e ala, com uma explosão absurda para a cesta e qualidade absurda nos arremessos de longe. A partir da temporada 2000/01 até 2006/07, T-Mac participou de 7 All Star Games consecutivos. Nesse período ainda, foi duas vezes o cestinha da liga e duas vezes selecionado para o All NBA Primeiro Time. No entanto nunca foi capaz de atingir o seu potencial pleno, devido a lesões que prejudicaram muito a sua carreira. Foi realmente uma história infeliz.
2. Shawn Kemp: Ele veio do Trinity Valley Comunity College, mas nunca chegou a jogar pela escola. Portanto, quando o Seatle SuperSonics o selecionou na 17° posição do Draft de 1989, eles estavam indo atrás dele sem nunca vê-lo jogar. E sobre ele, fizeram uma boa escolha. Durante o seu auge, ele foi um dos melhores ala/pivô da liga, sendo seis vezes All Star. Além disso, Kemp era uma fera e um monstro nas enterradas. Digamos que havia uma razão para chamá-lo de Reign Man (Homem Dominante). Se você estava marcando no garrafão e Kemp vinha em sua direção, era melhor sair de lado. Ele adorava "posterizar" os adversários.
3. Dwight Howard: Quando ele foi a primeira escolha do Draft de 2004 pelo Orlando Magic, eles esperavam que ele se tornasse um daqueles raros pivô dominante em ambos lados da quadra. Missão cumprida. Em suas 11 temporadas na NBA, até agora, Howard tem uma média de 18.1 pontos, 12.7 rebotes e 2.1 tocos por partida. Participou de oito All Star Games, foi três vezes o Jogador Defensivo do Ano e cinco vezes All NBA Primeiro Time. O único problema que o Magic teve foi o fato de Howard querer sair, sorte do Houston Rockets que conta com o pivô no seu garrafão a duas temporadas.
4. Kevin Garnett: Ele abriu o caminho para uma nova safra de jogadores vindo do High School para a NBA, quando foi selecionado na 5° posição do Draft de 1995 pelo Minnesota Timberwolves. Garnett foi, e ainda é, um jogador apaixonado e intenso, defendendo com o coração a camiseta que veste. Agora está a 20 anos na NBA e já fez de tudo. Foi 15 x All Star, 9 x All NBA Primeiro Time de Defesa, 4 x All NBA Primeiro Time, 1 x Jogador Defensivo do Ano, 1 x MVP e 1 x campeão da NBA. Quando se trata do Big Ticket, nada é impossível.
5. Moses Malone: Tornou-se membro do Utah Stars da ABA em 1974, saindo do Petersburg High School aos 19 anos. Seu tempo na NBA começou em 1976, quando as ligas se fundiram, e ele iria tornar-se um pivô dominante durante sua segunda temporada com o Houston Rockets em 1977/78. Apelidado de "Presidente dos rebotes", Malone era uma máquina de rebotes com 12.2 por jogo de média em sua carreira. Além disso, teve médias de 20.6 pontos por jogo, jogou 12 All Star Games, 4 x All NBA Primeiro Time, 3 x MVP da liga, e campeão na temporada de 1982/83. Sem deixar de falar que é um membro do Hall da Fama, e um dos 50 melhores jogadores de todos os tempos.
6. Kobe Bryant: Se o Charlotte Hornets soubessem o que estavam recebendo quando escolheram Kobe na 13° posição do Draft de 1996, provavelmente não o teriam trocado com o Los Angeles Lakers por Vlade Divac. Mas isso aconteceu, e Kobe não pode fazer nada, além de construir uma carreira de Hall da Fama. Black Mamba é 17 x All Star, um dos melhores arremessadores da história com 32.482 pontos, o 3° maior cestinha da história. Foi duas vezes o cestinha da NBA, 11 x All NBA Primeiro Time, 9 x All NBA Primeiro Time de Defesa, e foi o MVP da temporada 2007/08. Mas o que mais importa para Kobe são os títulos, todos sabem disso, e ele tem cinco.
7. Lebron James: Lebron já era chamado de King James mesmo antes de ser escolhido pelo Cleveland Cavaliers como a 1° escolha de 2003, e ele é mais do que só o nome. Com um QI de basquete extremamente elevado, com visão de jogo como Magic Johnson, e forte como um trem de carga, Lebron tornou-se um jogador da elite da NBA. Em seus 12 anos de NBA, Lebron tem médias de 27.3 pontos, 7.1 rebotes e 6.9 assistências por jogo, 11 x All Star, 8 x All NBA Primeiro Time, 5 x All NBA Primeiro Time de Defesa, 4 x MVP da NBA, bi-campeão da NBA em 2012 e 2013. Toda vez que entre na quadra dá a sensação que vamos presenciar algo grande, e convenhamos, não a nada mais legal que isso.
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