O maior Laker da história na minha opinião |
Os fãs do Los Angeles Lakers puderam acompanhar a supremacia de Kobe nas quadras por 19 anos, incluindo 17 campanhas como All-Star e cinco títulos da NBA. Também vivenciaram seus piores momentos, com seus relacionamentos problemáticos com seus ex-companheiros de equipe a um caso de estupro em 2003.
O legado de Kobe (no melhor e no pior) está consolidado. Um sexto anel que ele, reconhecidamente deseja, o colocaria no mesmo nível de Michael Jordan. Mesmo que não chegue a esse marco, ninguém deve pensar que Kobe está muito aquém.
A temporada 2015/16 marca o fim da extensão contratual de dois anos, por 48,5 milhões de dólares, que com os 25 milhões que está determinado a receber o torna o jogador mais bem pago da liga. A bolada é uma forma de gratidão por todas as realizações de Kobe, como a gestão certamente não teria pensado que um investimento dessa magnitude para um jogador que atuasse abaixo da média, independentemente de quão leais são os Lakers de Bryant.
O terceiro maior cestinha da história continua a ser visto como o Kobe, aquele campeão, que ganha jogos, mas ainda assim não tem uma decisão clara sobre o seu futuro. Mais uma temporada ou duas no Staple Center não faz muito sentido, mas...
"Eu não quero jogar por um ano, onde todo mundo sabe que você está se aposentando, e lhe darem a canção da despedida. Eu odeio isso. Quero jogar da maneira que tenho jogado nos últimos 19 anos".- disse Kobe em entrevista no programa Jimmy Kimmel.
Não seria Kobe, que jogou apenas 41 partidas nas últimas duas temporadas, dizer que esta pendurando os tênis com tanta antecedência. Ele não é o tipo de atleta que se retira após apenas 41 partidas, porque isso lhe tiraria o que é mais importante: ganhar o jogo. Infelizmente, os Lakers provavelmente não vão fazer muito nessa temporada, com um elenco composto com jovens e veteranos. A equipe terminou com a pior porcentagem de vitórias da história da franquia na última temporada (21-61 = 25%) terminando em penúltimo na ultra competitiva Conferência Oeste. As adições de Roy Hibbert para proteger o garrafão, a 2° escolha do Draft D'Angelo Russell e o sexto homem do ano Lou Williams pode lhes dar mais algumas vitórias, mas ainda assim não será o suficiente para os Playoffs.
Este é um período de reconstrução para a franquia, que está tentando esculpir uma identidade que em breve será um mundo sem Kobe Bryant. Mais ênfase será dada ao desenvolvimento da defesa dos jovens Russell e Jordan Clarkson, com Kobe fazendo o melhor para orientar o duo e deixá-los na melhor possível para levar o Lakers, depois que o camisa 24 deixá-los.
Onde isso colocaria Kobe Bryant? Ele está disposto a ficar em segundo plano e permitir que seus companheiros de equipe assumam mais responsabilidade enquanto ele ainda é capaz de jogar? A história deve sugerir o contrário.
Esse alusivo sexto anel está no fundo do túnel com os Lakers, por tudo que o ala de 37 anos fez com a franquia, ele tem de saber que fez o seu melhor para definir o futuro de sua equipe. Há sempre uma pequena chance de Kobe cortar os laços com os Lakers e tentar uma última investida pelo troféu Larry O'Brien em outro lugar, como o ex-treinador Phil Jackson acredita que ele deve considerar.
No dia do Media Day Kobe disse em entrevista: "Um monte de jogadores que ir para outras equipes ou lutar para ganhar um campeonato. Eu sou um Laker cara. Um Laker para o melhor ou pior".
As cores roxo e dourado correm na veia do jogador, que remete a 1996 quando foi negociado com a equipe. Ele é um ícone da cidade e um dos melhores da história a jogar nos Lakers. Para mim o melhor. Todas as coisas boas devem ter um fim, uma vez que seu contrato acabar, não haverá muita razão para continuar aqui. O que mais há para provar? Vale apena arriscar mais uma lesão? No final desse verão Kobe e Lakers tem que seguir o seu caminho, depois de 20 anos juntos, Kobe pode sair de cabeça erguida sabendo que é parte da história.
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