Pular para o conteúdo principal

Heróis do passado: Bill Walton

Uma lenda da UCLA e da NCAA
   Hoje nossa série vai contar a história de uma lenda da NBA e da NCAA, um pivô de qualidade absurda e que dominou a NBA por alguns anos. Ídolo no Portalnd Trail Blazers, um dos melhores atletas da história da franquia e ídolo da UCLA, sendo também um dos grandes nomes da história.
   Começou jogando basquete na Helix Liceu High School, e aos 17 anos foi jogar o Campeonato Mundial de Basquete pela equipe dos Estados Unidos em 1970. Dizia-se que o atleta tinha 2,11 metros, mas obviamente tem mais, algo em torno de 2,19 metros, mas Walton nunca gostou de ser chamado de 7 footer.
   Walton jogou basquete para a lenda do basquetebol, John Wooden na UCLA, de 1971 a 1974, ganhando dois títulos nacionais. O time de 1971/72 liderado por Bil Walton chegou a um recorde de 30-0, vencendo por médias de 30 pontos de diferença. O pivô era o pilar das duas temporadas consecutivas de 30-0, e fez parte do time da UCLA que estabeleceu um recorde de 88 vitórias consecutivas. Ele foi o vencedor do prêmio James E. Sullivan eleito o melhor atleta amador dos EUA em 1973, USBWA Jogador Universitário do Ano e o Naismith Jogador Universitário do Ano recebeu três anos consecutivos, juntamente com a seleções para o All-American. Por conta de tais feitos, alguns historiadores o consideram o melhor jogador universitário da história. Em 1972 venceram a NCAA contra Flórida State e em 1974 contra Memphis State, onde Walton anotou 21 dos 22 arremessos que tentou, somando 44 pontos, representando mais da metade dos pontos totais de sua equipe.
Fez história como Blazer
   Ao sair da faculdade foi selecionado pelo San Diego Conquistadors da ABA e também na primeira escolha geral do draft da NBA pelo Portland Trail Blazzers, sendo aclamado como o salvador dos Blazers. Ele assinou com o time de Portland, mas suas duas primeiras temporadas foram marcadas por lesões (nariz, perna, pé e punho), fazendo a franquia perder os Playoffs. Na temporada 1976/77 Walton pode atuar, liderando a NBA em rebotes e tocos, foi selecionado para o All-Star Game mas não jogou por conta de uma lesão, ainda foi escolhido para o Primeiro Time de Defesa e para o Segundo Time da NBA. Nos Playoffs ajudou a varrer os Lakers nas finais de conferência, segurando Kareem Abdul-Jabbar, e logo em seguida vencendo os Sixers nas finais, após perder os dois primeiros jogos da série e Walton foi eleito o MVP das finais.
   Na temporada seguinte os Blazers venceram 50 das 60 partidas que tiveram antes de Walton fraturar o pé, naquela que seria a primeira de inúmeras lesões no pé ou tornozelo que encurtariam a sua carreira. Ainda assim, foi o MVP da temporada e participou do seu único All-Star Game, sendo nomeado para o All-NBA Primeiro Time e All-NBA Primeiro Time de Defesa. Nos Playoffs se machucou novamente, ficando de fora da série contra o SuperSonics, e durante a pós-temporada exigiu ser negociado, reclamando dos tratamentos médicos da franquia, como não foi atendido seu pedido ele ficou de fora da temporada 78/79, assinando com o San Diego Clippers e se tornou agente livre na temporada de 1979. Ele passou mais tempo fora da quadra do que jogando, ele atuou em 14 jogos antes de perder duas temporadas por cirurgias no seu pé direito. Mas deu certo, jogou 14 partidas em 1979-82, 33 em 1982/83 e 55 em 1983/84 e a marca mais alta da carreira, 67 em 1984/85.
Segundo título da NBA, como um Celtic
   Após o final da sua temporada de 19845/85, Lakers e Celtics queriam o astro, e depois de vários jogadores dos Celtics falarem que aceitariam Walton como backup para Robert Parish e Kevin McHale, Red Auerbach fez o negócio. Em troca de Walton os Clippers receberam Cedric Maxwell e uma escolha de primeira rodada, com isso Walton jogou 80 das 82 partidas da temporada, foi campeão da NBA e eleito o Sexto Homem do Ano, tornando-se assim o único jogador a ter vencido MVP da NBA, MVP das Finais e Sexto Homem da liga. Na temporada seguinte sofreu uma lesão e retornou para os Playoffs, na temporada 1987/88 passou o ano fora da liga e em 1990 tentou retornar a jogar mas uma lesão impediu e ele se aposentou.
   Seu legado na NBA e na NCAA lhe renderam a aposentadoria do seu número 32 pelos Blazers e UCLA, eleito um dos 50 melhores jogadores da história da NBA e membro do Hall da Fama. Obteve médias de 13.3 pontos, 10.5 rebotes e 2.2 tocos por jogo, sendo 2 x Campeão da NBA, 1 x MVP das Finais, 1 x MVP da NBA, 2 x All-Star, 1 x All-NBA Primeiro Time, 2 x All-NBA Primeiro Time de Defesa, 1 x Sexto Homem do Ano, 1 x Reboteiro da Liga, 1 x Líder em tocos. Nitidamente ele poderia ter sido ainda mais espetacular, se não fossem as lesões seria com certeza um dos melhores da liga, tem marcas únicas e é uma lenda do basquete, sempre atuando em altíssimo nível, merecia nossa homenagem.

Comentários

Mais Visitadas

Os 10 melhores jogadores não draftados da história

Big Ben, fez história na liga    Imagine que você tenha propensão para o basquete. Suponha que com seu talento cru, perseverança obstinada e apenas o trabalho puro e duro, floresce em uma universidade como um excelente jogador. Imagine-se como um jogador da NBA nos moldes, de talvez, Ben Wallace ou Bruce Bowen, Avery Johnson.Você se inscreveria para o Draft?    Embora Wallace, Bowen e Johson tenham tido carreiras de sucesso, eles compartilham uma característica incomum: eles não foram selecionados no Draft. Todos eles lutaram contra o emaranhado de obstáculos da NBA como agentes livres.    A situação de jogadores como esses ressoa alto e profundamente, ainda mais com a ascensão de Jeremy Lin nos Kincks, para o auge do conhecimento público. O filho de dois engenheiros de Taiwan, subiu da obscuridade da D-League para ser o rei de New York, liderando o Knicks a cinco vitórias consecutivas com médias de quase 27 pontos. Mas Lin também não foi draftado, depois de se formar em eco

Chat com Magic Paula adiado - 10/3, 15h

Pessoal,   a assessora de imprensa de Magic Paula, Flávia Ragazzo, me informou que houveram alguns imprevistos e que o chat, no habbo ( www.habbo.com.br ), que divulguei como sendo ontem, foi transferido para o próximo dia 10/3/2009, as 15h segundo as demais orientações já divulgadas e que estão abaixo dessa postagem. Ontem, meus filhos disseram que tinha fila de espera com mais de 400 pessoas. É um número expressivo... Talvez eu participe dia 10/3, se meus horários permitirem, mas desde já eu deixo o convite e a indicação para que todos que possam participar, o faça.

As 10 melhores temporadas de novatos da história

          Enquanto esperamos por mais um temporada do melhor basquete do mundo, muito se especula sobre o que os novatos podem contribuir de imediato e o que eles precisam melhor. Não é fácil se ajustar ao estilo de vida de um jogador profissional, e ao mesmo tempo jogar na melhor liga do mundo, realizando um sonho para muitos.     Alguns jogadores lutam muito no começo, mais em poucos anos se consolidam, outros levam muitos anos para encontrar o seu espaço e outros tantos não encontram. Há um seleto grupo de jogadores que mostram o seu potencial logo de cara, e em poucos anos são astros da NBA.  Sendo assim, aqui abaixo temos uma lista das melhores temporadas de novato da história, entendam que são apenas 10 e que outros bons ficaram de fora.    10° Tim Duncan (1997/98): os números de Tim Duncan em sua temporada de estréia não são muito mais baixos que os de sua carreira, mostrando o quão rápido Duncan teve um impacto positivo nos Spurs. As médias de 21.1 pontos, 11

RSS do Mais Basquete