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A contratação de Kevin Durant ontem foi o ápice do primeiro dia de free agency, a troca dos Thunders por Golden State Warriors foi uma facada no coração dos fãs de Oklahoma, que como na troca de Lebron (Cavs-Miami) reagiram da pior maneira possível, queimando e atirando nas camisetas do astro da franquia desde os tempos de Seatle SuperSonics. Pois bem, na minha opinião foi uma pequena sacanagem com os Thunders, mas são negócios, KD procurou uma equipe para vencer o título, mas a história revela um terreno bem complicado para as "panelinhas" com muitas estrelas.
Analisando o roster o Warriors é uma máquina, com um bom elenco que adquiriu dois novatos que se enquadram ao elenco, mesmo sendo de escolhas muito baixas e adquirindo o agente livre mais cobiçado, um astro de extrema habilidade, um cara que sabe decidir jogos. Mas aqui começa o problema, KD era acostumado a jogar com o jogo voltado para ele, dividindo atenções apenas com Westbrook, agora ele terá Curry que é o dono do time, Thompson e Green para dividirem os holofotes. Curry é o centro das atenções, ele comanda o jogo, Klay é um monstro arremessando e Green provou que está em constante evolução e que é uma estrela do elenco. Sobrou para Kerr a difícil missão de manter os egos baixos e fazer os craques jogarem, isso é um tabu da NBA, as equipes que tinha mais do que um big three de estrelas sofreram as consequências e nunca foram mais do que bons times no papel, ou no NBA 2K.
Essa equipe contará com quatro jogadores que foram All-NBA entre 25 e 28 anos, uma equipe jovem, com um banco razoável, mas que trará qualquer veterano que quiser com a adição de KD. Quanto maiores as expectativas, maiores as pressões. Temos dois exemplos bem claros de equipes com muitos superastros e que não funcionaram, coincidentemente ambas foram montadas no Los Angeles Lakers.
Em 2003, foi a primeira vez em que quatro superestrelas atuaram pela mesma equipe, há época Gary Payton e Karl Malone chegavam a Los Angeles na tentativa de ganhar um anel de campeão, juntando-se aos astros Shaquille O'Neal e Kobe Bryant. o alvoroço foi feito, no papel a equipe era um sonho. Além dos astros citados tinham Derek Fisher, Rick Fox e Horace Grant, todos jogadores muito produtivos e que levaram a equipe a ser o líder da Conferência Pacífico, treinados por Phil Jackson e com um recorde de 56-26. Vinham com tudo para mais um título, venceram o Rockets por 4 a 1 na primeira rodada, os Spurs por 4 a 2, venceram os Timberwolves nas finais do oeste por 4 a 2, e foram atropelados nas Finais por 4 a 1 pelo Detroit Pistons, uma equipe bem mais jovem e que sentiu menos o peso de tantas partidas. Esse Lakers tinha muitos veteranos, seis jogadores já tinham mais de 30 anos, esse pode ter sido o adendo para beirar o título.
No ano de 2012, novamente o Lakers, montou um supertime, conseguiram juntar Steve Nash, Kobe Bryant, Pau Gasol e Dwight Howard. Howard e Kobe tiveram alguns problemas de vestiário, Nash se machucou no segundo jogo da temporada, perdendo 24 partidas, Mike D'Antoni assumiu no lugar de Mike Brown e não conseguiu fazer as coisas funcionarem. O Lakers teve um recorde de 45-37 e chegou aos Playoffs em sétimo lugar na conferência Oeste, pra piorar chegaram sem Kobe para a fase de mata-mata contra os Spurs e foram varridos. Esse Lakers era uma equipe jovem, com um bom potencial, mas que não conseguiu se organizar e nem controlar os egos.
O que o futuro reserva para o Warriors 2016/2017 é uma incógnita, pode dar certo ou não. São jovens, excelentes atletas, mas tem três desafios. Primeiro adaptar Kevin Durant ao sistema de jogo do Warriors, segundo controlar os egos nos vestiários e por fim, conseguir quebrar um tabu das equipes com quatro superestrelas.
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