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Heróis do passado: Darius Miles

Camisa 21 deu um up nos Clippers
   Se você, assim como eu, acompanhava a NBA nos anos 2000 certamente lembra desse nome, Darius Miles, um dos jogadores mais interessantes de serem assistidos. Um ala explosivo e habilidoso que dominava as quadras, mas que sofreu com lesões graves e teve a carreira prematuramente encerrada.
   Darius Miles nasceu em Bellevlle, Illinois e começou a jogar basquete e se destacar na East St. Louis Lincoln High School e na East St. Louis High School, também em Illinois. Seu nível de basquetebol era acima da média, Miles recebeu dos treinadores e da mídia 217 de 369 votos para ser eleito Mr. Illinois Basketball. Nos três anos que atuou levou o East St. Louis as quartas de final da Classe AA duas vezes, na temporada que recebeu o título anotou 1264 pontos, com médias de 22 pontos, 13 rebotes e 7 tocos, jogando praticamente em todas as posições.
   Com todo sucesso que teve, Miles foi selecionado no Draft de 2000 na terceira posição pelo Los Angeles Clippers, no ano em que mais atletas vindos diretamente do ensino médio foram selecionados, entre eles, Corey Maggette, Lamar Odom, Quentin Richardson e Elton Brand. Na primeira temporada foi selecionado a equipe de novatos, com médias de 9.4 pontos e 5.9 rebotes. Em seus tempos de Los Angeles Clippers, Miles e Richardson ajudaram a franquia a melhora seus recordes, mas sem sucesso de chegar aos Playoffs em 2001/02 por 5 vitórias.
   Depois da temporada 2001/02 foi para os Cavaliers onde ficou por meia temporada antes de ir para o Portland Trail Blazers. Na franquia de Portland teve seus melhores anos na carreira, e parecia que estava finalmente se encontrando na NBA. Mas teve alguns problemas, na temporada 2004/05 ele foi manchete muitas vezes por problemas com o treinador Maurice Cheeks onde teria insultado Cheeks com insultos racistas e teria dito: "não me importo se a equipe perder os próximos 20 jogos, desde que Cheeks seja demitido". De acordo com Chad Ford da ESPN e outras fontes, Cheeks pediu para Miles sair e ele responde "me faça". Ao sair do quarto para ver o gerente geral, John Nash, Miles correu atrás dele gritando: "é isso mesmo, corra pro seu papai".
Melhores anos de sua vida
   Ainda nos Blazers em 2005 anotou a sua maior pontuação, 47 pontos contra o Denver Nuggets que foi a oitava maior pontuação de um único atleta na história da franquia. No final da temporada sofreu uma lesão grave no joelho direito, cinco dias depois jogou o último jogo dele na temporada. Devido à uma cirurgia para recuperar uma microfratura em seu joelho, Miles perdeu a temporada 2006/07 e 2007/08. 
   O Blazers tentou derrubar o contrato de 18 milhões de dólares de Miles, eles pediram para NBA e a Associação de Jogadores da NBA para fornecer um médico independente para decidir se ele poderia voltar a jogar. O exame determinou que a lesão no joelho de Miles era severa o suficiente para decretar o fim de sua carreira, fazendo com que os Blazers pedissem a sua liberação. Mas Miles tinha a opção de assinar com outra equipe se tivesse um contrato oferecido, potencialmente os 18 milhões seriam revertidos caso Miles jogasse 10 partidas em 2008. Para complicar a história, Miles teve de cumprir exatos 10 jogos de suspensão por violar a política de abuso de substâncias imposta pela NBA, e ele teve de cumprir a suspensão antes de jogar por qualquer equipe.
   Em agosto juntou-se com o Boston Celtics para um contrato não garantido, lhe dando uma chance de consegui um lugar no acampamento de treinos. Embora tenha treinado duas vezes com a equipe, foi dispensado em outubro, antes da temporada regular começar. Miles foi para os Grizzlies, onde assinou até o final da temporada mas foi dispensado em julho de 2009 para a equipe abrir espaço no cap. 
   Miles foi de um fenômeno do ensino médio a um jogador promissor, muito bom e com a carreira sendo encerrada em apenas oito temporadas, com apenas 27 anos. Por conta da lesão e de demorar para se adaptar a liga, suas médias não retratam o quão bom ele era, 10.1 pontos, 4.9 rebotes e 1.9 assistências por jogo, sendo selecionado para o All-Rookie Primeiro Time em 2000. Miles era um dos jogadores mais empolgantes da liga e foi uma pena não ter jogado por mais tempo.



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