Fábio Balassiano (http://balanacesta.blogspot.com) atualiza seu blog sobre basquete muito rápido. Ele é jornalista e acompanha a modalidade desde 1992. Eu estou sempre lá, lendo e postando comentários. E são sempre longos... Então, quando eu pensar em fazer comentários lá, vou postá-los aqui – e citar o link do assunto que levou ao mesmo.
Hoje ele colocou uma citação do Leandrinho na coluna Alto falante de 24/04/2011 (leia em http://balanacesta.blogspot.com/2011/04/alto-falante_24.html) e o problema que surge com seu necessário afastamento.
Eu penso que nosso problema é de gestão e a falta de uma política de desenvolvimento na modalidade. Essa política é questão estatutária da CBB, ou seja, ela deveria estar preocupada com isso, além das seleções. Envolvido com o basquete federativo, vejo e faço parte do sacrifício que fazemos para o basquete andar no RS sem o apoio efetivo ao desenvolvimento do mesmo por parte da CBB.
Mas Leandrinho e os demais são uma questão olímpica. Temos um time lá e pensamos que só eles irão resolver, quando a temporada deles é fisicamente estressante e é óbvio que lesões surgirão no caminho. O que se faz nesse caso? Corre-se atrás de alguém capaz de substituir o lesionado quando se poderia ter um banco de atletas por posição e, melhor ainda, treinando e jogando pela seleção como proposto anteriormente. Não importa que isso qualifique o atleta e ele faça voos mais altos. É bom para ele, para a CBB e para o Brasil.
Gosto demais desses moleques que desbravam os EUA e abrem caminho a fórceps, com sacrifícios que quem não tem contato com um deles, nem imagina. Cobramos demais e somos injustos com eles em muitas ocasiões. Gosto demais do Nenê, pela coragem que teve de enfrentar a CBB no momento exato que precisa de uma postura firme para elevar nosso nível de preparação. Digo isso por que não somos o futebol, que os clubes dispensam durante a temporada para uma semana de treinos e amistosos. Fazer o que Magnano tem feito (acompanha-los, visita-los, etc.) é o correto, mas precisamos fazer a nossa seleção, além dessa de desenvolvimento, que é uma antiga reivindicação, mas específica de base. Precisamos da gurizada abaixo dos 23 anos e um grupo maior de adultos capazes de representar a seleção encontrando-se mensalmente, treinando e jogando. Só quatro dias. Grana pra isso a CBB tem.
Se tivéssemos um grupo treinando aqui, teríamos opções e jogadores adaptando-se para integrarem a seleção, mas focamos sempre neles, "nba-brazilians" – e depois ficamos chorando quando não podem vir por "n" motivos. O mundial foi em setembro/2010 e já são sete meses... ficar viajando, organizando o cronograma, treinamento e etc, é perda é importante, mas ao vez de estar formando a próxima geração em São Sebastião do Paraíso, o técnico do adulto deveria estar organizando um grupo de brasileiros e os reunindo uma vez por mês, como já sugeri aqui e pode ser uma ideia melhorada, acrescida de outras, mas a considero muito boa e viável.
A CBF fez isso: logo após a Copa escolheu o técnico e botou o time em campo. O basquete acha isso "exagero". Eu chamo de planejamento. Penso em quatro dias por semana, uma semana por mês, um amistoso no último dia - contra clubes brasileiros (e argentinos) e outras seleções.
Só para lembrar: alguém ouviu alguma crítica (da imprensa, do povo, da comissão técnica, etc.) quando Ginóbilli disse que não poderia jogar o mundial, que precisava descansar? Não, né!? Ouvi que eles entendiam e que tentariam contar com ele nas próximas competições...
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