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jogada de Nuzman (poder eterno) não é novidade no basquete brasileiro

Pois é, que feio fez seu Carlos Arthur Nuzman, o “cara” que fez o voleibol crescer estratosfericamente até atingir o apogeu nos últimos anos, já sob o comando Ari Graça. Dizendo querer transformar o esporte brasileiro, foi para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) – ou foi para o COB pelos interesses de aproveitar as mordomias que o olimpismo proporciona aos cartolas? Agora, depois dessa eleição, tudo o que fez ficará sob a sombra da dúvida, somado ao hiper-mega-superfaturamento do Comitê Organizador do Pan Rio 2007 e a eleição na ODEPA. Infelizmente o esporte nacional passa por esse momento de escândalos, talvez para que os verdadeiros desportistas resolvam assumir o trabalho árduo de comandar com suas experiências e contribuir com a educação dos brasileiros através e pelo esporte e, ao mesmo tempo, compreendendo e dando suporte ao esporte como um caminho alternativo de lazer, prazer e diversão que precisa ser gerenciado com responsabilidade, profissionalismo e ética.

Assim, contribuem, passam o bastão e vamos oxigenando o sistema, como sugere o Aurélio Miguel. Se há um sentimento de violação, de furto, de enganação com a atitude do COB (sim, digamos que só duas confederações votaram contra o absurdo de um edital de oito dias), no basquete brasileiro a coisa não é muito diferente e estamos nos sentindo assim há muito tempo e, parte desse tempo, de mãos amarradas ou silenciosamente acomodados com migalhas e com o papo do “não me atinge”. Outro papo comum é dizer que o sucessor tem que fazer um trabalho melhor. Balela. Desculpa para não largar o osso. Erros e acertos fazem parte do processo. É melhor um novo errando do que um velho dirigente mantendo os mesmos erros, clientelismos e demais absurdos que se ouve e vê federações e confederações Brasil afora. Vou citar um exemplo: no RS, em 3 de abril de 2004 foi realizado um congresso técnico para organizar o campeonato estadual de todas as categorias para aquele ano. Isso foi feito. Entretanto, outro movimento ocorreu na mesma reunião que as pessoas presentes devem se lembrar: foi concretizada a mudança do estatuto da FGB e o mandato do presidente passou dos três anos para quatro, com a justificativa de igualar ao ciclo olímpico – a mesma eleição que ocorreu semana passada no COB começará a ocorrer nas confederações e federações estaduais pois esse ciclo acabou. A questão que surge disso tudo é que em diálogo com três dos presentes na referida reunião da FGB, eles não lembram da leitura do novo estatuto, artigo por artigo, como deve ser um processo de mudança de regimento. Nem a ata fala desse processo, apenas que foi colocado em votação a alteração no estatuto da FGB. Um dos interlocutores se lembra de falarem em “gestão acompanhando o ciclo olímpico”, mas não da leitura do estatuto. Ou seja, provavelmente reconhecerão as próprias assinaturas em página do documento, mas não se lembram de nada além de falarem do tal ciclo olímpico. As pessoas e clubes abaixo listadas estão na folha 15 do estatuto, onde constam, APENAS, nome do clube, nome do representante e assinatura do representante e nem data consta, já que as assinaturas ficaram em folha “solitária”. Fato interessante... Na folha 14 temos apenas o Art. 66 e o Art. 67 (sobra muito espaço ali) e, pasmem, o final da Ata 002/2004 da FGB. Ou seja, o estatuto é uma ata de reunião, convocada pela Nota Oficial nº 003/04 de 16/03/2004, conforme consta no próprio documento a folha 4. Novamente na página 14 constam as assinaturas da Secretária Geral, Srª Daniele Borges Hochnadel, do Presidente, Sr. Carlos Nunes, e do Dr. Renato Cardoso, OAB/RS nº 15707. Destaco que este advogado não tem o nome citado no início da referida ata como presente na reunião (folha 4), portanto como a assinou como se presente estivesse? Vejamos quem assinou a página 15 e depois rubricou as anteriores: Grêmio Atlético Osoriense – Celso Gomes da Silva Assinatura SRA Galópolis/UCS – Leonardo de Ross Rosa Assinatura Colégio Sinodal – Ivo Reinhardt Assinatura Irajá Atlético Clube – Ronaldo Silva Pires Assinatura Esporte Clube Guanabara – Ricardo Leal Assinatura Corintians Atlético Clube – Alexandre Dias Lopes Assinatura SOGIPA – Eurico Armando Moser Júnior Assinatura Colégio Mauá – Gustavo Dreyer Assinatura SOGES – Ademir Uebel Assinatura Projeto Cestinha/Corinthians SC – Fernanda Haas Assinatura Colégio Marista São Luís – Nei César Morsch Assinatura Grêmio Náutico União – Ricardo Nunes Gomes Assinatura Clube Atlético Ubirajá/CEAT – Valmor Spellmeier Assinatura Sport Club Ulbra – Rodrigo Pinto Barbosa Assinatura UCS/APABA – Alexandre Pisaroglo Júnior Assinatura Essas manobras permitem que o atual presidente da FGB tenha, por exemplo, recebido a indenização das ações da CRT (hoje BrasilTelecom) e ingressado na justiça requerendo correção do que recebeu. Não fosse a “necessidade” da FGB, os clubes não saberiam que as ações Das Linhas telefônicas da FGB, há anos em poder com a instituição, foram resgatadas – os números foram trocados por estes [(51) 331-9175 e 3311-4425] quando da saída da FGB do espaço público da FUNDERGS para a sede própria na Fernandes Vieira. As perguntas disso tudo são: 1. os clubes sabem que as ações foram resgatadas? 2. os clubes, donos do patrimônio, autorizaram este resgate? 3. a presidência da FGB apresentou os valores recebidos por cada ação e o destino dado ao mesmo na prestação de contas anual? 4. com anuidade variando entre R$ 2.000,00 (pagamento a vista) e R$ 3.000,00 (parcelado), taxas extras, apoio da CBB (vão me dizer que a CBB não manda um centavo para o desporto no RS?), a presidência da FGB precisava resgatar as ações da CRT? 5. ainda sobre a ata de 3/4/2004: vocês assinaram uma folha de presença ou a mudança de estatuto? Impossível que tantos não lembrem do que ocorreu por lá... São ações e atitudes desse tipo que me deixam em estado de alerta. Há anos estou assim e cheguei a me calar, pressionado, prejudicado e se disser que não tenho medo de represálias, perseguições e até ameaças mais sérias eu estaria sendo leviano com todos. Os clubes gaúchos precisam ter uma postura e assumir o ônus das ameaças, da possível perda de prestígio no cenário nacional, do boicote a atletas em seleções nacionais e salvar o basquete gaúcho ou os atuais praticantes não querem ver seus filhos, sobrinhos e netos jogando basquete? O povo gaúcho não se entrega. Não pode entrar no ciclo vicioso do poder, da perpetuação ao estilo Nuzman e outros presidentes de confederações, como o Sr. Ricardo Teixeira e o Sr. Gerasime Nicolas Bozikis. Como diz a música do Leopoldo Rassier (http://br.youtube.com/watch?v=GTJR4JlYuy4): “não podemos se entregar pros homens de jeito nenhum, amigo e companheiro; não ta morto quem luta, quem peleia pois lutar é a marca do campeiro...”.

Comentários

Anônimo disse…
Tem que mudar mesmo .. so totalmente a favor. Uma palhaçada e uma vergonha o que vem acontecendo com o basquete gaúcho. Alguns anos atrás tinhamos times disputando finais de campeonato brasileiro e ganhando por sinal .. hoje em dia mal temos um estadual adulto. 5 equipes só .. lamentável. Esse ano as idades mudaram do nada também, e uma geração perdeu um ano de jogo .. Tudo isso porque aqueles que deveriam estar nos representando e lutando por uma melhoria no nosso basquete só querem saber de caixa 2 ..
ESTÁ NA HORA DE MUDAR !!!
Parabéns pelo texto! Vou passar a usar seu blog como referencia do basquete.

Tenho um blog sobre olimpíadas, visando Londres 2012.
www.brasilemlondres2012.blogspot.com

Abraços!
Anônimo disse…
Eu tb usaria o seguinte ditado professor:

" Só não reclama quem tá morto !"

Está na hora da "podridão" começar a vir a tona em todos os âmbitos da gestão esportiva: tanto nas federações quanto nas confederações ; assim como no COB (Comitê Olímpico Brasileiro) ou a nomenclatura mais adequada seria "Circo" Olímpico Brasileiro ?

E olha que o que está saindo na mídia é só a "ponta do iceberg" !

Um abraço ;

BR

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