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Mostrando postagens de julho, 2007

Renovação constante é a solução

A novidade dos preparativos para o pré-olímpico é a forma de convocação e definição do time americano. Após anos de muitas e necessárias negociações para que atletas da NBA integrassem a seleção norte-americana, neste ano tivemos 17 atletas submetendo-se a um acampamento pré-seletivo, como nos tempos de draft ou de universitários. Atletas conhecidos mundialmente, como Jason Kidd (New Jersey Nets), Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), Carmelo Anthony (Denver Nuggets) e LeBron James (Cleveland Cavaliers), se encontraram na sexta-feira e no sábado (20 e 21/8) submetendo-se a avaliação de técnicos como se estivessem em busca de um lugar, de uma oportunidade e de um pouco de adrenalina. Seria o charme da olimpíada que mobiliza tal participação?
Seu João (1939-2007) Muitos me questionarão sobre a temática desse blog. Ele expõe as minhas necessidades de buscar um amplo debate sobre o basquete, mas não pode fugir da expressa e irrevogável limitação do ser humano. Nesse momento meu coração se enche de dor e escrever é a mais rápida forma para me recompor para auxiliar meus filhos e amada esposa. Sim, Seu João fez a passagem. Era meu sogro e dizem que essas relações são sempre tumultuadas, mas a nossa sempre me ajudou a crescer como ser humano, como profissional, como pai. Sinto a sua perda como se fosse a perda de alguém do meu sangue. Não disse tudo que tinha a dizer. Infelizmente não pude dizer-lhe muito obrigado pela filha maravilhosa que se tornou minha esposa. Muito obrigado pelo amor que tinha pelos meus filhos. Muito obrigado pelo carinho de suas palavras e apoio em momentos difíceis. Todas as lutas que me envolvo tornam-se insignificantes frente a absoluta sensação de impotência desse momento. Era um ser

Talentos desperdiçados...

“Os heróis e os medrosos sentem exatamente o mesmo medo. Simplesmente os heróis reagem a ele de um modo diferente.” (Stephen Brunt) Quinta-feira, 22h30min, jogo-treino de duas equipes. O PBC não estava envolvido, o frio tinha dado lugar a uma temperatura agradável, apesar das doenças respiratórias, rubéola, bronco-pneumonias e pneumonias que este último mês deixou em Pelotas. Então , por que sair de casa? Fui lá buscar o dvd do Magic Johnson emprestado e observei muito os jovens que ali estavam. Adolescentes em transição para a vida adulta, envolvidos com namoradas, maromba, faculdade, pré-vestibulares e com o basquete. Vidas em formação que passaram a adolescência brincando com a bola, sem uma formação esportiva consistente — a visão do esporte recreativo nas escolas é limitante e excludente, pois nesse processo quem não sabe não aprende por que o “treino” é recreativo e quem sabe quer jogar com quem sabe, não quer ensinar os menos habilidosos.

Um mágico e um técnico formador de gente

Acabo de ver um dvd sobre parte da história de Magic Johnson ( http://www.magicjohnson.org/ ) e logo vim ler meus e-mails e ver como anda o blog, digitar o próximo texto que me veio durante um jogo-treino de duas equipes de Pelotas que assisti hoje. Bem, mas aí encontro o depoimento de Cesare Augusto Marramarco, um de meus técnicos na infância/adolescência e de longe o mais querido — nunca esqueço o Paulinho do SESC-Bagé, mas ele foi conselheiro, amigo, professor e não técnico, pois no SESC não era equipe. Pois bem, as duas coisas me levaram aos anos 80, meus primeiros passos no basquete, as primeiras transmissões da NBA pela Bandeirantes, o meu jeito de confrontar o poder e sair perdendo, as besteiras corrigidas com energia pelo Marra e o feedback carinhoso da Leda, sua esposa, justificando as decisões do técnico. Nos treinos foi ele que se preocupou em formar o homem através do atleta e não usar o moleque em prol dos necessários resultados que uma equipe precisa.

Nenhuma novidade, somente convite à ação

Ontem foi o dia de comemorar a liberdade para os norte-americanos. Lá onde o maior, mais organizado e cobiçado basquete do mundo é jogado. Lá onde índios, nativos e negros foram massacrados por séculos. Lá onde os gases poluentes e as land hovers estão ajudando no aquecimento global e o governo se nega a assumir tratados internacionais para preservar a vida no planeta. Com seis bilhões de habitantes estamos entrando em extinção. Mas lá continua sendo a Meca do basquete e dez em cada dez basqueteiro sonha em jogar no melhor basquete do mundo. Dez em cada dez trabalhador sonha em ter o melhor emprego e o maior salário que sua qualificação pode lhe dar. Só o Oscar abriu mão de jogar no Nets, ganhar uma fortuna, para defender o Brasil em olimpíadas e mundiais — lá na NBA onde o salário mínimo é em torno de US$ 700 mil, ou seja, um jogador de ponta brasileiro leva duas ou três temporadas para igualar esse mínimo e sem ter as mesmas mordomias extras e espaços para marketing e merchandising

Pra começo de conversa

Tenho pensado, nos últimos dias, o que me trouxe até o esporte, até o basquete. Além da paixão nacional dos brasileiros ser o futebol, especialmente nos anos 70 e início dos anos 80 do século passado, acabei sendo um aficcionado pelo basquete. Em minha cidade — por toda a minha infância e adolescência — a praça de esportes não teve tabela e quadra de basquete; hoje é lotada cotidianamente por streeters . Quadras próprias só nas escolas e no Colégio Auxiliadora, onde joguei meus melhores 2 x 2, peladas de final de tarde de sábados. Quando vim estudar em Pelotas a coisa ficou pior: basquete só no CEFETRS, por solidariedade do Prof. Giovane Petiz, pois não tinha idade para as equipes escolares. Algumas vezes treinei no pelotense, com a Profª. Milene. Hoje a praça modelo enche todas as tardes. Então, como cheguei até aqui? Como estou envolvido com o basquete, com controvérsias e ainda sonhando com dias melhores?

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