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O fiasco da seleção sub-16 ainda é reflexo do Grego

Muitos blogueiros estão exprimindo o descontentamento com o resultado que a seleção Sub-16 masculina teve na Copa América/Pré Mundial que está em fase final – irá disputar de 5º a 8º lugares (a partir de hoje) e está fora do mundial de 2010. Eu também quero um basquete vencedor. Nisso concordamos. Mas o ponto, creio eu, não são as derrotas, já que para quem trabalha com o esporte elas seriam previsíveis e ainda de responsabilidade da gestão anterior que fez a preparação desse grupo nos últimos anos. Dificilmente haveria mudança de esquema de jogo com outros técnicos com 4 semanas de treinamento e tratando-se de seleção de base.

Eu penso que as reflexões do Sr. Carlos Nunes estão voltadas para o futuro e incluem o legado que a sua gestão irá deixar. Creio que, entre outras questões, ele tem refletido sobre:

  • como massificar os campeonatos de base nos estados?
  • como alavancar o basquete a partir dessa massificação de maneira que o crescimento quantitativo nos estados resulte em qualidade nas seleções?
  • paralelo ao que faremos para o futuro, como qualificar, imediatamente, o trabalho das comissões técnicas de base que nos leve, já a partir de 2010, revertermos as recentes derrotas no continente que não podem ocorrer (Uruguai, Venezuela...)?
  • quem deve comandar o trabalho de base das seleções?
  • quem seria capaz de conduzir uma reestruturação nas seleções de base capaz de redesenhar o treinamento, qualificar as ações em torno dos fundamentos e, progressivamente, rever e aplicar novos conceitos de ataque e defesa já que a filosofia atual tem sido derrotada constantemente?
  • como qualificar (enviar para estágios na Europa ou nos EUA?) os técnicos de base do Brasil – primeiro os das seleções e depois os das seleções dos estados e massificar/multiplicar isso pelo Brasil?

Portanto, há muitas perguntas sem respostas que devem estar fervilhando na cabeça do Sr. Carlos Nunes e, reconheço, certamente ele está elaborando um caminho que altere a situação atual. Não tem como em 60 dias a troca de um presidente mudar toda a estrutura do basquete brasileiro – lembrando que o projeto para a gestão esta em fase de elaboração e a partir dele esperamos ver diversos programas para revolucionar o basquete brasileiro, já que a consultoria (Brunoro Marketing Esportivo) é capacitado para desenvolver um grande projeto.

Entretanto, se o comando das seleções permanecerem com os mesmos técnicos, com as mesmas idéias e aplicações técnico-táticas, baseados na atual e derrotada filosofia de jogo, a gestão do Sr. Carlos Nunes fracassará certamente.

Como todos os blogueiros e basqueteiros do país eu espero que o Brasil passe a dominar o basquete na América do Sul e a participar de todos os mundiais das categorias de base, refletindo nas seleções adultas. Porém reconheço e aceito que isso seja feito em dois ou três anos e que só ocorrerá se visualizarmos mudanças significativas no comando e, principalmente, na filosofia de jogo das seleções. Nossos resultados nesse ano são reflexo do “belo trabalho” realizado pelo Grego em 12 anos (o segundo mandato mais longo na CBB entre os seis presidentes que a entidade teve), do qual o Sr. Carlos Nunes diz ter sido voz discordante, portanto, fará diferente e embasado em planejamento elaborado pela já citada Brunoro Marketing Esportivo.

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