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AMOR AO BRASIL (Amor ao basquete)

De onde eu venho? Venho de Bagé, interior do RS, 370Km a sudoeste de Porto Alegre, terra do frio, onde o minuano (o vento) corta a pele no inverno e o sol brilha magnificamente no verão sobre lindos pastos e açudes. Lá, nos confins do RS e do Brasil, TV por assinatura tem um preço exorbitante e, portanto, somente a elite local irá rever, neste sábado, as 13h, o programa da ESPN, o Brasil Olímpico. Lá, onde já fez 2 graus nesse outono, comecei a jogar basquete, mas antes do esporte — e também quando o praticava — me ensinaram a amar o Brasil, o Rio Grande do Sul e minha terra, cantando seus hinos, respeitando seus símbolos e suas datas. Lá no meu rincão, treinei no militão (Ginásio Ernesto Garrastazú Médici, fácil entender por que Militão, né?) e sonhei com outras e tantas viagens pelo basquete.
Amo o Brasil, o Rio Grande do Sul, o basquete. Sofro pelo Brasil corrupto, com o Rio Grande se afundando em lama e o basquete brasileiro e gaúcho mergulhado nesse abismo, encolhido e escondido com medo das represálias. 

Quando vejo matérias como as do Brasil Olímpico, enxergo uma luz no final do túnel, imagino que as próximas gerações poderão cantar orgulhosas o hino nacional, vendo a bandeira do Braisl tremulando no local mais alto. Mas isso não vai acontecer tão cedo em nosso basquete. Não é profecia, nem torcida contra. É a realidade do que estão fazendo com o basquete gaúcho e brasileiro e nós, técnicos, dirigentes sérios, atletas, estamos deixando isso continuar, perpetuar-se — Wlamir Marques desabafou na quinta-feira. Outras grandes nomes precisam juntar-se e fazer um único canto: CHEGA!!!!!
Ainda bem que problemas de saúde tiraram o Nenê e uma lesão o Anderson Varejão da seleção. Gosto demais desses jovens para vê-los responsabilizados pela derrota da estrutura organizacional do nosso basquete. Infelizmente Spliter e Leandrinho não compreenderam com as derrotas em Las Vegas que para ver o Brasil brilhar, as vezes é preciso ter coragem — como o Nenê tempos atrás — e gritar, chorar e ver os responsáveis pelo caos do nosso basquete explicando o por quê das derrotas? Por que a falta de formação de base? Por que os favorecimentos? Por que Franca perdeu a vaga para o Flamengo e o técnico do Flamengo virou técnico da seleção?. Sem vocês, eles continuarão fazendo o que quiserem; com vocês justificarão nossas derrotas na falta de empenho dos atletas.
Não adianta vermos o Brasil Olímpico e não sermos capazes de perceber que estes que aí estão querem locupletear-se com as vantagens do cargo. Quem quer fazer por amor, como o Sócrates, não tem espaço, pois é um cara que não precisa dos cofres, mas quer mudar, quantificar a prática esportiva pela experiência e pelo amor ao Brasil. Esses caras são deixados de lado.
Meu pedido, de um humilde torcedor, que vive cada competição com o coração apertado, que vira noite olhando o Brasil “sportivus” enfrentar os maiores desafios, como em Sydney, como será em Pequim, como foi com o Canadá e com a Venezuela (ô Dunga, que foi isso???): tenham amor ao Brasil. É hora do atleta perceber que sua participação, sua lavada de mãos é a causa disso tudo. Aos que ficam na seleção meu desejo de sorte, na hora do jogo vou estar torcendo, vibrando, mandando boas energias, pois vencer é o que buscamos, mas vou continuar crítico e buscando uma posição firme de vocês. Façam como os atletas de nome que ficaram na competição da federação paulista mesmo sabendo que sofreriam represálias: enfrentem o dragão, senão ele papa vocês.
Eu sei que me calei por um tempo, mas minha voz ecoará e será um pesadelo nas noites dos dirigentes do basquete gaúcho: não digam que não faz diferença, pois já sei que faz. Cavem, façam uma Serra Pelada no meu entorno. Não vai adiantar, não sairá nada parecido com o estrago que um estalo de dedos fará com vocês. Yeda, Banrisul, Detran e Chefe da Casa Civil já estão sentindo o que perseguir e difamar acontece: surge um Paulo Feijó que não concorda com o que está ocorrendo e vai atrás da mudança. No esporte, temos o Sócrates e Zico (este disse segunda: com esses aí não trabalho mais) no futebol, Wlamir Marques, Hélio Rubens, Marco Agá (de Assis que disse, estamos juntos nessa para o Hélio Rubens) e Magic Paula, revolucionando no trabalho que desenvolve em São Paulo. Precisamos de gente que ama o Brasil, que ama o esporte, que ama o Basquete para mudarmos essa triste história de corrupção no país e desmandos, ameaças e favorecimentos no esporte.
Bem, vou lá comprar uma fita de vídeo e gravar o Brasil Olímpico, por que sábado passado vi só um trecho da matéria. Creio que todos deveríamos ver esse programa e repensar como contribuímos com o esporte brasileiro.

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