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Brasil 73 x 71 Argentina, 07/set/2011

Parabéns! Belíssima vitória... De lavar a alma terminar na frente da Argentina, aliás, jogar o tempo todo na frente é bom demais!
Um dos motivos para criar esse blog é esse: acreditar que resultados como o de ontem são possíveis e por querer o basquete espraiado pelo país. Por isso mais basquete que se pode traduzir por mais basquete nas quadras públicas (onde existem, né?), nas escolas, nos clubes, nas federações, na mídia... Mas acima disso, mais basquete, mais brasilidade, mais raça em quadra com a camisa da seleção. E precisamos de sangue novo para acalmar as precipitações e expurgar o tal complexo de vira-lata. Sim, nós podemos! Já provamos isso em Londres-1948, Roma-1960, Tóquio 1964...
Finalmente temos um grupo focado em um objetivo – isso fica claro nas entrevistas e no semblante frustrado/preocupado frente a derrota para a República Dominicana. Um grupo a fim de levar o Brasil para onde sempre deveria estar e de colocarem seus próprios nomes na história dos Jogos Olímpicos.
Minhas críticas são sempre – e seguirão sendo assim – ocorrem no sentido de alertar, cobrar, reivindicar, exigir melhorias e crescimento de nosso basquete. Isso é missão e obrigação da CBB. Então, faça! Se eu, como tantos outros técnicos e desenvolvedores de pequenos projetos, faço o trabalho da formiguinha, me sinto no direito de cobrar de quem tá na ponta de cima que faça o seu. Mas também faço isso por querer ver o Brasil lá, entre os melhores - e quiçá o melhor. Exponho-me, enquanto muitos técnicos com maior influência se calam diante de atrocidades administrativas, para cobrar a necessária reconstrução do basquete brasileiro. Isso é para meus filhos e netos e para os filhos de todo o brasileiro que quiser jogar basquete.
Parabéns ao Splitter, pela humildade e dedicação à seleção. Está fazendo o trabalho sujo, pesado, duro na defesa. Pontuar vem com calma – antes de o Rafael detonar no segundo tempo tivemos duas bolas do Splitter que giraram no aro e saíram. Uraca pura! Mas também muita pressão da defesa sobre ele. Isso abriu para os demais irem pontuando, inclusive com assistências do próprio Splitter, com destaque para aquele passe pelas costas... Genial!
Parabéns ao Marcelinho Machado que tanto cobro os exageros dos três pontos e ontem ele conseguiu dar só dois arremessos, sair sem pontuar, mas dar assistência e contribuir muito na defesa, mas muito mesmo! Temos que ver o jogo além das estatísticas...
Grande a força do Alex que já nos primeiros segundos mostrou que Manu não teria uma noite fácil.
Huertas, sempre definindo na hora que precisamos de pontos, mas ontem ele mostrou por que é destaque na Espanha: soube ver de quem era o jogo e largou a bola para o guri. Isso é função do armador e bem executada quando todos esperavam bolas no Splitter, no Guilherme e no Alex e ele mudou o rumo do jogo – sabemos que os pivôs, principalmente os mais novos, fazem o trabalho sujo e pouco são servidos para pontuar. Armador tem que saber ver isso e essa postura foi significativa para o resultado do jogo e para o grupo da seleção.
Giovanonni, indiscutivelmente é um grande líder, mas os torpedos dos três precisam ser mais precisos, quando a movimentação em quadra deixar um jogador livre. E isso serve para Huertas, Marquinhos, Marcelino...
Marquinhos acordou a dois jogos e continua significativo para a seleção. Defende bem, participa do ataque distribuindo bolas ou definindo.
E o que dizer de Rafael Hettsheimer? Simplesmente a oportunidade bateu a sua porta e ele a pegou. Simples assim. Com simplicidade não ficou tremendo na defesa do Scola – desde o momento que entrou, marcou firme, forte e não intimidou-se com a força do nome. E foi pra cima: fez 9/11 bolas de 2 pontos e 1/2 lances livres. É um clássico pivô, pensemos nisso... O parágrafo pequeno não representa a grandeza do seu feito: o surgimento de um novo ídolo para o basquete brasileiro.
Magnano parou o jogo na hora certa no primeiro tempo e no segundo guardou os pedidos de tempo debitado para o final do jogo, usando os pedidos de Lamas para reorganizar e orientar a seleção – particularmente eu gosto de chegar no último minuto com, no mínimo, dois pedidos na manga... Sei lá, vá que seja necessário...
Para mim, seu maior feito – e pelo qual ele esta de parabéns – é o simples fato de ter tido coragem de renovar (com brasileiros, por favor!) dando oportunidade aos jovens talentos, como Augusto Lima, Rafael Luz e Rafael Hettsheimer. Essa renovação é importante para Rio-2016, mostra que podemos encarar as seleções das Américas e recompor a base da seleção. Com os reforços de Nenê, Leandrinho e Varejão seremos uma grande seleção. Claro, esse espírito de grupo não pode ser rompido e nem o "eu conquistei a vaga, eu vou" deve estar acima do Brasil, de sermos protagonistas em Londres ano que vem.
Enfim, foi uma grande noite. Entretanto, tudo isso não muda meu pensamento em relação a técnico estrangeiro, naturalização de jogadores, treinos fechados e o fato de eu crer que os destaques do NBB (Tischer, Teichmann e Olivinha) deveriam, no mínimo, ter sido testados nesse grupo e a experiência ser valorizada, como Helinho, pois estamos jogando com um único armador novamente – Huertas jogou 39 minutos, Luz 2 minutos e Nezinho é, realmente, o mascote, pois nem entrou. Talvez esse quarteto, nesse momento, desse uma versatilidade tática, distribuísse melhor o tempo de jogo, descansasse os titulares mais exigidos, dando-lhes minutos de folga aos que estão jogando acima dos 30 minutos e distribuindo melhor a responsabilidade da classificação.



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