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Heróis do passado: Oscar Robertson

A lenda de Cincinnati
   Hoje a nossa série vai contar a história de um armador único, que detêm marcas incríveis, como a de ser o único jogador da história a ter médias de triplo-duplo em uma temporada. Vamos falar da estrela dos Bucks, Oscar Big O Robertson.
   Big O começou a carreira no ensino médio, atuando pelos Cripus Attucks, onde foi astro, sendo bi-campeão estatual, em 1955 sua equipe foi a primeira da história a ser campeã sendo uma escola só para negros. No ano seguinte foram campeões novamente e Robertson obteve médias de 24.0 pontos por jogo, fazendo sua equipe ser a primeira da história a ser campeã invicta e com uma série de 45 vitórias consecutivas, seus feitos lhe renderam o prêmio de Mr. Basketball Indiana. Ao se formar ingressou na Universidade de Cincinnati.
   Nos tempos de universitário atuou por três anos, sendo três vezes campeão nacional em pontuação com média de 33.8 pontos por jogo (3° melhor marca da história de Cincinnati), foi nomeado All American, eleito o Jogador do Ano, quebrou 14 recordes da NCAA e 19 de sua universidade. Algumas marcas ainda permanecem, mais triplos duplos (10), rebotes por jogo (15.2) e pontos na carreira (2973), o troféu de melhor jogador do ano desde 1998 passou a ser chamado de Troféu Oscar Robertson, homenagem a um astro da NCAA e que venceu os dois primeiros prêmios de jogador do ano. Há uma mancha no passado de Robertson, o astro sofreu inúmeras vezes com o racismo forte da época, principalmente nas viagens tendo de ficar em alojamentos ao invés de hotéis.
   Depois da carreira universitária representou a Seleção Americana em 1960 nos Jogos Olímpicos, sendo campeão com o eleito melhor time amador da história contando com Robertson, Jerry West, Jerry Lucas, Walt Bellamy, entre outros, vencendo com médias de 42.4 pontos por partida a mais que seus adversários. Sem contar que dos 12 atletas, 10 eram universitários e ingressaram na NBA, sendo que Bellamy e Lucas tornariam-se Halls da Fama.
   Big O entrou na NBA pelo draft de 1960, como uma escolha territorial do Cincinnati Royals, tendo em seu ano de estréia médias de 30.5 pontos, 10.1 rebotes e 9.7 assistências, líder da NBA no último quesito, eleito All Star, NBA First Team, All Star Game MVP e Novato do ano. Na temporada seguinte entrou para história, tornou-se o único jogador da história da NBA a ter média de triplo-duplo em uma temporada com 30.8 pontos, 12.5 rebotes e 11.4 assistências, quebrou o recorde da liga em assistências para uma temporada com 899. Na temporada de 1963/1964 Robertson foi eleito o MVP da NBA, o MVP do All Star Game, liderou a liga em percentual de lances livres, levou os Royals aos playoffs e ainda assim perderam nas semifinais para os Celtics. 
Único título da carreira
   Na temporada de 1970/1971 foi negociado com os Bucks, e dizem as más línguas que por ciúmes de seu técnico Bob Cousy, o que foi ótimo para Big O. Ao lado de Kareem Abdul-Jabbar foi campeão da NBA pela única vez, já que perderam as finais de 1974, ano da aposentadoria de Robertson. Aliás, graças a ele que se têm agentes livres e a NBA se fundiu com a ABA, como presidente da Associação de Atletas, criou a agência livre, permitindo que atletas negociassem com equipes quando acabassem seus contratos e propôs a fusão NBA/ABA que aconteceu em 1976. Depois de sua aposentadoria a franquia Royals se mudou para Kansas City e posteriormente Sacramento, o astro teve o numero 14 aposentado pelos Kings e o numero 1 aposentado pelos Bucks. Ainda, em 2006 foi membro da primeira classe do Hall da Fama da NCAA, junto com Bill Russell, John Wooden, Dean Smith e James Naismith.
   Essa lenda do basquete deixou as quadras com médias de 25.7 pontos, 7.5 rebotes e 9.5 assistências, campeão da NBA (1971), MVP da NBA (1964), 12x consecutivas All Star (1961-1972), 3x NBA All Star Game MVP (1961, 1964, 1969), 9x consecutivas All NBA First Team, 6x líder da NBA em assistências (1961-1962, 1964-1966, 1969), Líder de todos tempos em pontuação do Sacramento Kings, numero 14 retirado nos Kings, numero 1 retirado nos Bucks e numero 12 retirado na Universidade de Cincinnati. O cara era um monstro e merece todas as honras, membro dos 50 melhores de todos os tempos e sem dúvidas um dos armadores mais impressionantes da NBA, um cara que dominava o jogo como ninguém.  

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