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Entrevista com Didi

Didi teve grande destaque na Summer League 

   Hoje trago pra vocês uma entrevista com um dos atletas mais promissores da nossa Seleção, jovem que teve muito destaque na última Summer League e já faz parte da nova geração do Brasil.
   Estou falando de Marcos Henrique Louzada Silva, o Didi, armador que foi selecionado pelo Atlanta Hawks e trocado para o New Orleans Pelicans, jogou demais na Summer League e atualmente joga no Sidney Kings como maneira de aprimorar o inglês. Abaixo segue o bate bapo com o atleta:

 1) Como conheceu o basquete e porque começou a jogar?

   DIDI: Conheci o basquete por causa de um amigo do meu irmão. Na verdade um amigo em comum, mas comecei a jogar por causa do meu irmão. A gente jogava futebol numa escolinha perto de casa. Esse amigo apresentou o basquete para a gente e começamos a jogar.

   2) Quando começou a encarar o esporte como uma possível profissão?
   
   DIDI: Quando eu tinha 16 para 17 anos, quando fui jogar em Franca. Foi ali que eu vi que podia ter um futuro no basquete, me tornar profissional.

  3) Como foi o começo nas categorias de base?

   DIDI: O começo na categoria de base foi muito bom, comecei na LUSB, com 10 anos. Eu participei de campeonatos estaduais, fui para a Copa MG em 2010, e a partir dali comecei a disputar os torneios nacionais. Depois fui me destacando, joguei o Sul Americano de clubes em Novo Hamburgo, dali fui para Franca e foi lá que eu consegui evoluir com meu jogo. 

   4) Por quais clubes teve passagem antes de chegar a NBA? E onde conquistou mais títulos?
   
   DIDI: Tive passagem pela LUSB, foi o meu primeiro clube, onde tudo começou. A LUSB me revelou para o mundo. Depois fui para Franca, onde consegui alcançar o que eu queria, que era chegar a um time profissional. Logo na "capital" do basquete. Depois fui me destacando e, no ano passado, fui draftado. Joguei a Summer League pelo New Orleans Pelicans e segui para a Austrália, para jogar pelo Sydney Kings. Mas o lugar onde eu conquistei mais títulos foi na LUSB.

   5) Falta trabalho mais adequado nas categorias de base?

   DIDI: Falta ainda um trabalho mais adequado na base no Brasil, principalmente aqui no Espírito Santo e em estados onde não há uma preocupação maior com o esporte basquete. São Paulo tem isso, quem quer crescer no basquete e virar profissional, vai para São Paulo, que é onde tem condições de se desenvolver.

   6) Quando a NBA se tornou um objetivo? Sempre sonhou em jogar lá?

   DIDI: Quando comecei a jogar na equipe adulta de Franca. Foi onde eu vi que poderia. Me empenhei, focado ao máximo, pedi ajuda e dicas aos mais experientes ... Isso foi fundamental para mim. Depois, aos 16, comecei a sonhar com a NBA, era um sonho que eu queria conquistar pela minha família e estou conseguindo.

   7) Qual a sensação de ser Draftado?

   DIDI: Muito boa. Eu não esperava, era um momento único, não sabia se seria Draftado ou não, se alguém ia me querer ... Foi uma sensação bacana, indescritível, fiquei tremendo a noite toda mas, felizmente, tinha a minha mãe e os meus empresários ao meu lado. Eles conseguiram me acalmar um pouco. Foi muito emocionante lembrar tudo aquilo que fiz e passei desde a base até o adulto, e o sonho de estar ali no Draft da NBA.

Didi atuando pelo Sydney Kings 

   8) Como foi o processo de adaptação com a cultura? O que foi mais difícil, língua, comida, costumes?


   DIDI: Foi bem fácil, me adaptei bem no primeiro mês, o mais difícil foi a língua mesmo. A comida nem tanto, alguns costumes eu consegui me adaptar bem, sou um cara que se acostuma rápido, morar também foi fácil e todos me ajudaram bastante.

   9) Jogar na Summer League é um grande momento pra aprendizagem?

   DIDI: Sempre é um momento para o aprendizado. Se você é experiente ou novato, é importante, porque você aprende coisas que não aprende em outros lugares. Todo jogador draftado joga, e é importante jogar, para agregar conhecimento ao seu jogo e ganhar experiência. Foi muito bom e importante para o meu crescimento na carreira. O nível lá é muito bom, um dos melhores do mundo, foi bacana e o nível é altíssimo, muito físico e rápido, parecido com a NBA. Consegui evoluir o meu jogo depois da Summer League. Depois da Summer League vi que podia crescer e isso só me ajudou.

   10) Qual companheiro de equipe que mais ajudou na evolução do seu jogo e por quê?

   DIDI: Quem mais me ajudou foi o Tate. Ele é americano, jogava em Ohio na faculdade, depois jogou em vários outros lugares até chegar em Sydney. Ele foi bem importante, estava sempre me ajudando, sempre por perto. O Bogut, que todo mundo conhece bem, um campeão da NBA, também foi excepcional, um cara experiente, inteligente, sempre estava ali. Quando eu assinei, ele foi o primeiro a me mandar mensagem. Nunca imaginaria isso e aprendi muito com ele. 

   11) Você acha que existe muita diferença no nível de basquete da NBA pro restante do mundo?

   DIDI: Acho que a diferença da NBA não é tão grande. O basquete europeu está crescendo, a NBA continua sendo a potência do mundo, mas a diferença diminui. Em breve a Europa pode chegar ainda mais perto. 

   12) Qual seu maior sonho na carreira?

   DIDI: Meu maior sonho é ir para os EUA, treinar forte, estar com os Pelicans, poder ter a minha estreia na NBA. E, quando estiver lá, poder me manter como profissional na liga. Consegui chegar, agora é trabalhar duro para me afirmar, me manter em bom nível.

   13) Qual a sensação de defender a Seleção Brasileira?
   
   DIDI: Jogar pela seleção é motivo de orgulho, uma realização. Desde quando comecei a jogar e vi que o basquete  podia me levar longe, sonhava em defender meu país. Fiquei muito feliz com a minha convocação para Sub-15, depois sub-16, depois sub-21 e, logo depois, para a adulta.

   14) Fazendo parte da nova geração da seleção, o que esperas para o futuro do Brasil no basquete?
   
   DIDI: Temos muito novos talentos, o Brasil tem muitos jovens com esse sonho e condições de defender a seleção. Fico feliz de ver alguns como Pedro Nunes, que também sonha com a NBA e já defendeu o Brasil comigo. , Georginho, Yago, Raul ... Vários outros. Temos um futuro e a seleção vai ganhar muito com isso. 

   15) Como atleta o que acreditas que falta pro basquete nacional evoluir?
   
   DIDI: Ainda falta investimento no basquete nacional. Precisamos ter o entendimento de que as escolinhas e a atenção na base são importantes para fortalecer e massificar o esporte. É preciso investimento e planejamento para o basquete brasileiro crescer.

   16) Deixe um recado para os leitores.

   DIDI: Para os amantes e fãs, que nuca deixem de praticar, de ter foco, determinação, sempre colocando metas na vida, do que querem para conquistar os objetivos. Se cada um conseguir fazer isso, vamos ter muitas promessas no basquete brasileiro. Treine sempre mais do que os outros.

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