Pular para o conteúdo principal

Caipiras são tricampeões: parabéns, Franca Basketball

 Sem basquete forte no RS, sempre mantive uma paixão pelo basquete de Franca. Exatamente por ser uma equipe forte e do interior, como eu.

Confirmei minhas observações, nos momentos finais de Hélio Rubens à beira da quadra, o que muitos de SP já sabiam: Helinho o substituiria com maestria.

Este texto, de Bota, circula pelas redes e merece ser multiplicado. O faço aqui, sem sua permissão, pela clareza de ideias, pela contextualização histórica e como homenagem a Franca. As fotos são do Instagram do @helinhobasket


Lá vem esses caipiras metidos a besta, outra vez…

Se vocês não sabem, pois fiquem sabendo é assim que nós Francanos somos chamados, pelos invejosos Brasil afora: “Caipiras metidos a besta”. 

Houve um tempo que ser do interior, era ser atrasado, muita coisa a gente nem ficava sabendo, os moradores das capitais, vinham passar as férias aqui e traziam as novidades, e sempre se colocavam como melhores que a gente. Muita gente foi embora de Franca, pois não se conformava em ser inferior. Aí nos anos 60, chega em Franca, nosso querido e amado Pedroca, e trouxe-nos como principal presente, o resgate da nossa dignidade, mostrou para todos nós que poderíamos ser iguais ou até melhores que os melhores, bastasse que nos sacrificássemos, e nos esforçássemos mais do que os outros, o segredo de tudo estava no esforço! Nosso orgulho foi restaurado e de lá pra cá, nos tornamos os melhores em muita coisa. Tenho certeza que não só nós do basketball, mas muita gente Francana, devido ao seu enorme sucesso, passou a ser chamada, de: Caipiras metidos a besta! Rsrsrs:

Magalu, Jussara, Freeway, Cocapec, Ferracini, Sabesp, Democrata, Rizatti, Terreiro, Rio Negro e Solimões, Rodrigo Andrade(Jojo), Jean e Giovani, e muitos outros que irão me perdoar por não lembrar de cita-los. Torçam o nariz invejosos, acabamos de ser declarados o maior polo de e-commerce do Brasil e vamos continuar surpreendendo em ótimos projetos de inovação e empreendedorismo também. Enfim deixem pra lá o medo de ser feliz, e aceitem que: “Nois é bão demais”! Rsrsrs! 

Mas hoje eu quero falar do maior exemplo de caipira metido a besta que temos em Franca. Hélio Rubens Garcia Filho, que mesmo sua querida mãe insistindo para não o chamarmos de Helinho. Acabou que hoje ele é carinhosamente chamado por todos de “Helinho”. Quando ele começou sua carreira de técnico eu disse para ele: “Você não conseguiu ser um jogador melhor que seu pai, mas tem tudo para ser um técnico mais vitorioso que ele, principalmente pela sua enorme capacidade de lidar com os seres humanos”. Dito e feito! 


Creio que essa sua última vitória foi a mais difícil e significativa de todas até hoje, pois é sabido que esse era seu time mais limitado. Mesmo assim ele conseguiu tirar o máximo de cada um, e chegou ao tricampeonato, fico imaginando como foi difícil para ele fazer esses jogadores acreditarem, e darem seu melhor, quando muitas críticas pipocavam, inclusive de um diretor insensato e totalmente fora de hora, que veio a público no meio da temporada dizer que o time iria ser totalmente remodelado, no final da temporada! Esta foi sem dúvida a mais surpreendente e tranquila vitória em jogo de decisão que já tivemos, coisas de Franca.

 Fizemos o quase impossível, ficar fácil. Conversando com o historiador do nosso basketball, Rodolfo Pino, ele lembrou que a história do basketball Francano, está cheio de vitórias improváveis como essa. Ele lembrou que somos o time que impôs no mundial de 1980. A maior derrota da história do grande e respeitadíssimo Real Madri, em todos os tempos, mais de 40 pts de diferença. 

Penso que o nosso forte está na nossa tradição, na nossa história e no nosso jeito próprio de entender basketball. Helinho humildemente reforçou isso quando afirmou logo depois de sermos campeões mundiais, que aquele título não era só deles, era também de todos que fizeram a história de nosso basketball, principalmente daqueles que não desistiram nos momentos mais difíceis. 

Por falar em momentos difíceis é sempre bom lembrar, que Helinho, foi muito criticado na temporada em que teve na equipe Leandrinho e cia, e só não foi demitido por gente que não tem nada a ver e não respeita a história de Franca, por intervenção providencial da Luizinha. Eu não vejo neste momento ninguém mais pronto que o Helinho, para o futuro grandioso que nos espera! 

Jovassi Jr., deu a ideia de em todos os jogos, termos naquelas cadeiras da quadra, nossos ídolos do passado, coisa muito usada na NBA, essa e outras ideias que valorizam nossos feitos, nos tornam ainda mais fortes, e ganharíamos ainda mais o respeito e admiração do basketball Brasileiro, pelo maior campeão de todos os tempos!

Aprendemos muito nestes anos, e creio que continuar acreditando na nossa gente, no nosso jeito de fazer as coisas, e nessa nossa mania vitoriosa de pensar grande. Seja o melhor para todos nós Francanos! 

E que Deus continue nos abençoando sempre!


Bota

Franca SP

16.06.2024

Comentários

Mais Visitadas

Os 10 melhores jogadores não draftados da história

Big Ben, fez história na liga    Imagine que você tenha propensão para o basquete. Suponha que com seu talento cru, perseverança obstinada e apenas o trabalho puro e duro, floresce em uma universidade como um excelente jogador. Imagine-se como um jogador da NBA nos moldes, de talvez, Ben Wallace ou Bruce Bowen, Avery Johnson.Você se inscreveria para o Draft?    Embora Wallace, Bowen e Johson tenham tido carreiras de sucesso, eles compartilham uma característica incomum: eles não foram selecionados no Draft. Todos eles lutaram contra o emaranhado de obstáculos da NBA como agentes livres.    A situação de jogadores como esses ressoa alto e profundamente, ainda mais com a ascensão de Jeremy Lin nos Kincks, para o auge do conhecimento público. O filho de dois engenheiros de Taiwan, subiu da obscuridade da D-League para ser o rei de New York, liderando o Knicks a cinco vitórias consecutivas com médias de quase 27 pontos. Mas Lin também não foi draftado, depois de se formar em eco

Chat com Magic Paula adiado - 10/3, 15h

Pessoal,   a assessora de imprensa de Magic Paula, Flávia Ragazzo, me informou que houveram alguns imprevistos e que o chat, no habbo ( www.habbo.com.br ), que divulguei como sendo ontem, foi transferido para o próximo dia 10/3/2009, as 15h segundo as demais orientações já divulgadas e que estão abaixo dessa postagem. Ontem, meus filhos disseram que tinha fila de espera com mais de 400 pessoas. É um número expressivo... Talvez eu participe dia 10/3, se meus horários permitirem, mas desde já eu deixo o convite e a indicação para que todos que possam participar, o faça.

Hall da fama e seus critérios

HOF tem critérios estatísticos bem definidos    O que torna um atleta um futuro Hall da Fama? Quais motivos tornam algum atleta ser imortalizado entre os grandes nomes da história? De acordo com o Basketball Refference  os atletas recebem 10 pontos por liderarem alguma estatística e 1 ponto por ficar em 10°, sendo elas pontos, rebotes, assistências, minutos jogados, roubos de bola e tocos. As demais variáveis são títulos da NBA, cestinha da temporada, peak win  e seleções para o All-Star Game.    Baseado nisso, Andy Baley do Bleacher Report, analisou os 25 atletas ainda em atividade na NBA com mais chances de serem HOF, colocando-os em uma lista, segue o artigo no link.  B/R Andy Baley  Esse texto me fez refletir sobre alguns critérios, entendo e concordo com o modelo utilizado das estatísticas e premiações, mas não deveriam levar em consideração alguns feitos individuais?    Por exemplo, Derrick Rose foi o MVP mais jovem da história da NBA e sofreu com lesões muito grav

RSS do Mais Basquete